Desde a idade certa e as regras a impor, até aos melhores modelos para comprar e como os configurar. Este é o nosso guia completo para te ajudar a navegar na importante decisão de dar o primeiro smartphone ao teu filho.

A decisão de dar o primeiro telemóvel a um filho é um dos maiores desafios parentais da era digital. É um passo que traz mais independência e segurança, mas também abre a porta a um mundo de novas preocupações. Para te ajudar a navegar neste processo, criámos um guia passo a passo que te acompanha desde a reflexão inicial até à configuração final do aparelho.
1. Descobre para o que ele realmente precisa do telemóvel
Antes de sequer pensares em modelos ou preços, a primeira pergunta é porquê? A necessidade de um telemóvel deve ser a base da decisão. Ele já vai e vem da escola sozinho e precisa de uma forma de te contactar? Os trabalhos de grupo já exigem uma comunicação constante via WhatsApp?
Deves focar na necessidade real, o que ajuda a definir o “momento certo”. É algo que está muito mais ligado à maturidade e ao contexto do teu filho do que a uma idade universal. Ou seja, não existe uma idade certa. Segundo um estudo de 2022, 95% das crianças portuguesas com 10 ou mais anos já possuíam telemóvel.
2. Define um orçamento
É importante ser pragmático. O primeiro telemóvel de uma criança tem uma alta probabilidade de ser perdido, cair ao chão ou apanhar um banho acidental. Portanto, não faz qualquer sentido gastares uma fortuna num topo de gama.
Para um primeiro aparelho, um valor entre os 100 € e os 250 € é mais do que suficiente para encontrar uma máquina competente e que não te vai dar uma dor de cabeça gigante se algo correr mal.

3. Requisitos técnicos que não podes ignorar
Com o orçamento definido, a escolha do modelo torna-se mais fácil. Um telemóvel para um jovem não precisa do melhor processador do mundo, mas há quatro características essenciais a ter em conta.
- Robustez: procura telemóveis com boa proteção de ecrã (como Gorilla Glass). Uma traseira em plástico, neste caso, é uma vantagem, pois é mais resistente a quedas que o vidro. Uma boa capa de proteção é obrigatória;
- Autonomia: é prioridade máxima. Um telemóvel que está sempre sem bateria não serve para emergências. Procura modelos com, no mínimo, 5000 mAh de capacidade;
- Desempenho: um processador de gama de entrada/média (como um MediaTek Helio G-series ou um Snapdragon 6-series) é mais do que suficiente para redes sociais, YouTube e jogos casuais;
- Armazenamento: 64 GB já é curto. Aposta em, no mínimo, 128 GB de armazenamento interno. Se tiver entrada para cartão microSD, ainda melhor.
4. Configuração inicial: protege e prepara o telemóvel
Depois de comprares o telemóvel, o teu trabalho ainda não acabou. A configuração inicial é fundamental. Tanto o Android (Google Family Link) como o iOS (Tempo de Ecrã e Partilha Familiar) têm ferramentas de controlo parental excelentes e gratuitas. Usa-as para:
- Definir limites de tempo de utilização para o telemóvel e para apps específicas;
- Ativar filtros de conteúdo na Play Store ou na App Store;
- Gerir as aplicações que o teu filho pode instalar.

5. Regras de utilização: como evitar problemas desde o primeiro dia
Este é o último passo, mas o mais importante para uma utilização saudável. Antes de entregares o telemóvel, senta-te com o teu filho e definam, em conjunto, as regras de utilização. Escrevam-nas se for preciso. Definam horários sem ecrãs (como durante as refeições e à noite), regras sobre a partilha de informação pessoal e, claro, as consequências se as regras não forem cumpridas.
- Horários: nada de telemóveis à mesa ou no quarto depois da hora de deitar.
- Tempo de ecrã: definir limites diários para jogos e redes sociais.
- Aplicações: todas as apps têm de ser aprovadas por ti antes de serem instaladas.
- Segurança: nunca partilhar passwords, moradas ou informação pessoal online.
- Consequências: o que acontece se as regras não forem cumpridas?
Como em tudo na vida, equilíbrio será essencial e estes conselhos funcionam apenas como um guia. Cada pai ou mãe sabe melhor que ninguém as necessidades do seu filho.
Tendo isto em conta, estas são algumas das melhores opções que podes encontrar no mercado em 2025:
Redmi Note 14 4G – 🏆 Escolha do 4gnews
A escolha mais equilibrada e inteligente. Tem um bom ecrã AMOLED, uma bateria de 5000 mAh e um desempenho que não desilude para o preço. Lê a nossa análise completa ao smartphone.
Motorola Moto G05 – boa autonomia
É um modelo de entrada muito competente, com uma bateria excelente e um preço difícil de bater.
Xiaomi POCO X7 Pro – bom para trabalho e lazer
O telemóvel também pode servir para entretenimento nos tempos livres. Se o teu filho gosta de jogar, por um pouco mais de dinheiro, tens aqui um processador significativamente mais potente e um ecrã de 120 Hz.
iPhone Recondicionado (SE ou mais antigo) – opção Apple
Se a palavra “iPhone” é a única que ouves, considera um modelo mais antigo ou recondicionado. Fica mais caro e a bateria será um ponto fraco, mas é uma porta de entrada mais “controlada” no ecossistema da Apple.