Alunos destroem parte de escola moçambicana contra pagamento de testes

“Tivemos um episódio não muito bom, no período da manhã, em que alguns meninos se revoltaram por conta de algumas contribuições que estavam sendo feitas pela escola, para o pagamento dos testes provinciais”, disse o diretor provincial de Educação em Nampula, William Tunzine, reconhecendo que os alunos fizeram barricadas e destruíram equipamentos no interior do estabelecimento escolar.

De acordo com aquela direção provincial de Educação, foram dadas instruções para que nenhuma escola cobrasse aos estudantes para a realização dos testes provinciais, que se realizam a cada três meses.

“Infelizmente, alguns já haviam iniciado com a cobrança dos meninos. E nós orientamos a estes diretores para que devolvessem o dinheiro cobrado os meninos. Sobretudo, as escolas que estão dentro da cidade de Nampula”, explicou o responsável.

Quando os serviços se preparavam para devolver o valor, os alunos “começaram a criar barricadas dentro da escola e estragaram alguns móveis de carteiras e partiram vidros”, relatou o dirigente, acrescentando que a situação foi, entretanto, “controlada”.

De acordo com a direção, cerca de 2.100 alunos da escola já tinham pago o valor das provas provinciais.

O bloco administrativo da Escola Secundaria Corosse já estava parcialmente destruído desde dezembro último, aquando das manifestações pós-eleitorais.

Também a direção distrital de Educação prometeu reunir com pais e a comunidade escolar para discutir o assunto das cobranças, disse o diretor, acrescentado que a instrução para devolução dos pagamentos aos cerca de 5.000 alunos foi dada há duas semanas.

“Aquelas que já cobraram devem devolver os valores cobrados. Isto não é um pedido, é uma ordem de serviço que nós estamos dando. Devem devolver todos os valores cobrados”, ordenou o responsável.