António Costa insta China a contribuir para paz justa e duradoura na Ucrânia

António Costa defendeu que a paz na Ucrânia não é um interesse apenas da Ucrânia, nem apenas da Europa, mas sim da comunidade global.

“Se aceitarmos a invasão da Ucrânia pela Rússia, nenhum país jamais estará seguro. A busca pela paz deve ser a principal prioridade da comunidade global”, declarou.

Numa reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a guerra na Ucrânia, e que contou com a presença do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, Costa fez uma série de apelos, incluindo a Pequim.

“Apelo à Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança, para que concorde em sentar-se à mesa de negociações. Para que cesse os assassínios, a destruição e as ameaças aos países vizinhos”, começou por dizer.

Em seguida, apelou à comunidade internacional para que se envolva ativamente nos esforços de paz, frisando que a União Europeia apoia os esforços nesse sentido da parte do Presidente norte-americano, Donald Trump.

“E eu gostaria de ver a China, também membro permanente deste Conselho de Segurança, contribuir para uma paz justa e duradoura na Ucrânia”, indicou.

Para pôr fim à agressão à Ucrânia, a União Europeia continuará a pressionar a Rússia através de sanções, insistiu o líder, acrescentando que o bloco europeu está pronto para contribuir com garantias concretas de segurança para a Ucrânia.

“Para satisfazer as aspirações do povo ucraniano, continuaremos a apoiar a Ucrânia no seu caminho para a adesão plena à União Europeia”, disse António Costa.

Momentos antes, na mesma reunião, Volodymyr Zelensky afirmou que a China poderia, se quisesse, forçar a Rússia a encerrar a guerra na Ucrânia.

“Sem a China, a Rússia do [Presidente russo, Vladimir] Putin não é nada. No entanto, muitas vezes, a China permanece silenciosa e distante em vez de agir pela paz”, acusou o líder ucraniano.

O Presidente ucraniano também lamentou a incapacidade da ONU de influenciar o curso da guerra: “Esta organização agora tem menos influência e muitas vezes carece de capacidade real de tomada de decisão em questões fundamentais”, argumentou.