Apagão de energia 31 iniciativas para não “faltar a luz”…

Recentemente foram apresentadas um conjunto de 31 iniciativas para minimizar o risco de apagão de energia em Portugal e melhorar a capacidade de resposta da rede elétrica e das infraestruturas críticas.



O investimento total ronda os 400 milhões de euros, com financiamento público e privado — sem impacto significativo para os consumidores e sem custos para o Orçamento do Estado.

Três meses depois do apagão ibérico, Portugal está mais preparado, mais protegido e mais seguro em matéria de energia.

Este é o maior plano de reforço da rede elétrica dos últimos anos — e vai garantir um país mais resiliente, mais renovável e com mais segurança para todos.

Reduzir risco de apagão: Quais as medidas principais?

O pacote de medidas tem cinco áreas de atuação: a Resiliência e Segurança do Sistema Elétrico Nacional; o Planeamento de Rede célere e eficaz; a Aceleração das Energias Renováveis; a Capacidade de Resposta de infraestruturas críticas; e a Colaboração Internacional.

Entre as principais medidas está a duplicação, a partir de janeiro próximo, do número de centrais para o arranque autónomo do sistema (‘black start’), somando as centrais de Baixo Sabor e do Alqueva às da Tapada do Outeiro e de Castelo de Bode.

Estão ainda previstas melhorias e a modernização da rede elétrica, um investimento de 137 milhões de euros que vai beneficiar a capacidade de operação e controlo da rede elétrica.

Até janeiro de 2026 será…

  • lançado um leilão de 750 megavolt-ampere (MVA) de sistema com base em armazenamento de baterias;
  • será lançado um concurso de 25 milhões de euros em apoios para melhorar a capacidade de resposta de infraestruturas críticas, como hospitais, empresas de águas e energia;
  • a revisão do modelo das Zonas de Grande Procura, que serão também um incentivo à economia nacional; um reforço para as compensações dos municípios e a obrigatoriedade de envolvimento e aceitação das comunidades nos projetos de renováveis;
  • criar um “Mapa Verde” com zonas pré-aprovadas para produção de energias renováveis, com estudo ambiental estratégico, que dispensa autorizações morosas;
  • e ainda uma simplificação dos projetos de autoconsumo e das comunidades de energia.

No âmbito da colaboração internacional, Portugal e Espanha estão articulados para tornar prioritário, junto da União Europeia, as interligações com o resto da Europa, capaz de garantir a segurança do abastecimento.