
Longe vão os tempos em que o verão representava um período de repouso para as instituições de ensino superior. Hoje, as escolas podem estar vazias de estudantes, mas estão cheias de energia nos bastidores. Entre finalização dos trabalhos finais de mestrado, as respetivas defesas, planificação de atividades, atualização de programas, Summer Schools e conferências internacionais, manutenção de infraestruturas e ensaios de ações de acolhimento, os meses de junho, julho e agosto tornaram-se nos meses mais intensos do ano letivo. Porque, no fundo, é agora que se preparam os alicerces para um novo ciclo, que arranca no dia 1 de setembro.
No ISEG, a contagem decrescente para o arranque do ano letivo começa com o som das ondas e o cheiro a sardinha no ar. A escola está fisicamente em pausa, mas mentalmente acelerada. Entre 1 e 15 de setembro, daremos as boas-vindas a cerca de 2.000 novos estudantes de cursos de licenciatura, mestrado, doutoramento e pós-graduação. São eles que vêm dar vida, cor e propósito à nossa missão.
Hoje, uma faculdade não é apenas um lugar onde se transmitem conhecimentos. É um ecossistema onde se vive, onde se arrisca e se cresce, onde se criam redes e se molda o futuro. Em muitos casos, a universidade é o primeiro grande palco da vida adulta.
A nossa Welcome Week reflete exatamente essa visão. Temos programas de acolhimento específicos para cada ciclo de estudos: licenciaturas, mestrados, doutoramentos, pós-graduações, com especial preocupação pelos estudantes internacionais, conscientes que estamos de que eles sofrem uma quádrupla adaptação. Adaptação ao país, à sua cultura, à Escola e ao novo ciclo de estudos. Criamos oportunidades de integração através de atividades ao ar livre, visitas ao campus, cocktails de “networking” e muita música. Tudo isto converge num único objetivo: garantir que cada estudante se sinta bem-vindo, confiante e motivado para abraçar o que vem aí.
Universidades como Stanford, MIT ou LSE já compreenderam há muito que a experiência universitária ultrapassa a sala de aula. Em escolas como ESADE ou HEC, as primeiras semanas incluem desafios colaborativos, formação em “soft skills” e interação direta com “alumni”. No ISEG, estamos a trilhar esse mesmo caminho, ajustado-o à nossa identidade: académica, urbana, humanista e aberta ao mundo.
Queremos que cada estudante que passa pelo ISEG leve muito mais do que um diploma. Queremos que leve histórias, amizades, aprendizagens de vida, experiências e uma cultura de Escola que o marquem positivamente para sempre.
Também por isso, não podemos permitir que a integração seja um momento burocrático ou meramente administrativo. É emocional, acolhedor, memorável. A forma como um estudante é recebido tem impacto direto no seu sentimento de pertença, no seu desempenho e, sim, até na sua saúde mental. As instituições que entendem isto — e que investem neste acolhimento — estão a plantar as sementes certas para colher sucesso, envolvimento e orgulho institucional.
Nos últimos anos, temos visto um esforço crescente das universidades para se aproximarem das pessoas. Seja por programas de mentoria, por ações de voluntariado ou iniciativas culturais, é cada vez mais evidente que as escolas que melhor formam são aquelas que melhor cuidam. E cuidar, hoje, implica conhecer os estudantes, dar-lhes voz, criar espaços seguros e inclusivos, e, sobretudo, não deixar ninguém para trás.
No ISEG, gostamos de dizer que somos uma Escola de primeiros: o primeiro dia longe de casa, a primeira entrevista, o primeiro “pitch”, o primeiro erro, a primeira vitória. E, se tudo correr bem, também o primeiro lugar onde alguém descobriu quem quer ser.
Por isso, sim, a universidade não fecha para férias. Não pode. Porque construir o futuro dá trabalho e começa muito antes da primeira aula. É precisamente por isto que o fazemos com tanto gosto.