Após proibir a utilização de redes sociais, como o Instagram e TikTok, por menores de 16 anos, a Austrália decidiu incluir o YouTube na lista. A partir de dezembro, os australianos com idade inferior à permitida serão impedidos de criar contas na plataforma de vídeo.
No final do ano passado, a proibição das redes sociais para menores de 16 anos foi aprovada pelo Parlamento australiano, numa decisão inédita, que fez outros países ponderarem regras semelhantes.
Embora a legislação já tenha sido aprovada, só deverá entrar em vigor a 10 de dezembro deste ano, pelo que as regras específicas para a sua aplicação ainda estão a ser decididas.
Uma das plataformas sob debate era o YouTube. Inicialmente, a ministra das Comunicações, Michelle Rowland, disse que esta seria proibida. Contudo, semanas mais tarde indicou que, afinal, poderia ser objeto de uma exceção, por “apoiar a educação dos utilizadores finais”.
YouTube integra lista de plataformas proibidas
Entretanto, sabe-se que os adolescentes australianos com menos de 16 anos vão ser proibidos de criar contas no YouTube, a partir de dezembro.
A decisão surge depois de, no mês passado, o regulador da Internet do país ter pedido ao Governo da Austrália que incluísse o YouTube na proibição das redes sociais.
De facto, um inquérito do gabinete da Comissária para a Segurança Eletrónica, Julie Inman Grant, concluiu que cerca de três em cada quatro jovens australianos entre os 10 e os 15 anos já utilizaram o YouTube, tornando-o mais popular do que outras plataformas importantes como o TikTok e o Instagram.
No inquérito, 37% das crianças que viram conteúdos nocivos online afirmaram tê-los visto no YouTube.
Segundo Julie Inman Grant, em junho, “dado o risco conhecido de danos no YouTube […] e sem provas suficientes que demonstrem que o YouTube proporciona predominantemente experiências benéficas para as crianças com menos de 16 anos, a criação de uma exceção específica para o YouTube parece ser inconsistente com o objetivo da lei”.
As novas regras definem que os menores de 16 anos continuarão a poder aceder ao YouTube, mas não poderão criar contas.