BAD financia novo aeroporto na Etiópia que será um dos maiores do mundo

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) vai financiar um novo aeroporto internacional na Etiópia, um dos maiores do mundo, orçado em 10 mil milhões de dólares (8,6 mil milhões de euros), foi hoje anunciado.

Em comunicado, o BAD afirmou que pretende mobilizar cerca de oito mil milhões de dólares (cerca de 6,8 mil milhões de euros) para o novo aeroporto, tendo assinado na segunda-feira um acordo com a Ethiopian Airlines.

A instituição também prevê um financiamento direto de 500 milhões de dólares (cerca de 430 milhões de euros), sujeito à aprovação do conselho de administração.

A cerimónia de assinatura do acordo contou com a presença do ministro das Finanças da Etiópia, Ahmed Shide, do presidente do BAD, Akinwumi Adesina, e do diretor comercial do grupo Ethiopian Airlines, Lemma Yadecha, em representação do presidente executivo, Mesfin Tasew.

“O Banco Africano de Desenvolvimento orgulha-se de fazer parceria com a Etiópia na sua visão de expandir a capacidade operacional e da frota da Ethiopian Airlines”, disse Adesina, elogiando o país por colocar “África no topo da aviação mundial”.

Tasew afirmou que a assinatura do acordo “impulsionará o comércio intra-africano, a integração regional, o turismo e a conectividade global”.

A primeira fase do projeto deverá estar concluída em novembro de 2029, e inclui uma cidade aeroportuária com centros comerciais, hotéis, áreas de lazer e ligações diretas por estrada e ferrovia à capital, Adis Abeba. As obras deverão começar ainda este ano.

O Aeroporto Internacional de Bishoftu (BIA) servirá o tráfego internacional de passageiros e carga, complementando o Aeroporto Internacional de Bole, que vai manter as operações domésticas da Ethiopian.

Localizado a 40 quilómetros a sul da capital, o aeroporto vai ter uma capacidade inicial para 60 milhões de passageiros por ano, com possibilidade de expansão para 110 milhões, e será capaz de movimentar 3,73 milhões de toneladas de carga anualmente.

O grupo destinou ainda 350 milhões de dólares para a garantir a continuidade dos meios de subsistência e o reassentamento das comunidades que serão afetadas pela obra.