BCP diz que “considerando o crédito contratado e em contratação” usou 30% da garantia pública

Miguel Maya , na apresentação de resultados do primeiro semestre, diz que “está tranquilo” com a consulta que a Autoridade da Concorrência se propõe fazer para aferir da mobilidade de clientes entre bancos.

O presidente da Comissão Executiva e vice-presidente do Conselho de Administração do Banco Comercial Português (Millennium bcp), Miguel Maya, durante a apresentação dos resultados dos primeiros 9 meses de 2024 da instituição bancária na sede em Oeiras, 30 de outubro de 2024. TIAGO PETINGA/LUSA

Miguel Maya , na apresentação de resultados do primeiro semestre, diz que “está tranquilo” com a consulta que a Autoridade da Concorrência se propõe fazer para aferir da mobilidade de clientes entre bancos.

A AdC disse que avançava com um inquérito setorial à banca de retalho e quer melhorar mobilidade dos clientes. A justificar a iniciativa da AdC está o facto de “a banca de retalho ser um setor propenso a barreiras à mobilidade, dadas as potenciais dificuldades na pesquisa e na comparação dos diferentes produtos bancários e/ou financeiros, bem como potenciais dificuldades no processo de mudança de conta”, explica o regulador

O CEO do BCP voltou a dizer que “temos de concorrer em level playing field, nomeadamente ao nível das contribuições bancárias que há bancos que pagam e outros que não”, e desafiou a que esse facto fosse incorporado na consulta da AdC.

“O mercado português é muitíssimo competitivo, não percepcionamos que haja ausência de concorrência”, disse o CEO acrescentando que é muito importante que o inquérito seja feito de “forma neutra”.

Miguel Maya, CEO do BCP revelou ainda que até junho, considerando o crédito contratado e em contratação (aprovado e já em formalização com os clientes) a utilização da quota que lhe cabe na garantia pública e que totaliza 185 milhões de euros, é de 30%”.

A garantia representa um papel positivo, mas não vai resolver o problema da habitação” mas contribui para um circulo virtuoso da natalidade, disse. A expetativa do BCP é que para o Estado “a garantia venham a ter um custo significativo porque não antevemos um grau de incumprimento relevante”.

Sobre os criptoativos disse que “não estamos em condições para comercializar de forma proativa os criptoativos porque temos dificuldade em perceber os fundamentais desses ativos”. Não está na agenda do banco.