Berlim quer mais turistas. Principais cidades europeias rejeitam turismo massivo

Há cidades europeias a manifestarem-se contra o turismo de massas que lhes está a chegar. Barcelona e Paris são apenas dois destes exemplos, mas há quem apele à chegada de mais visitantes, como Berlim.

A capital alemã recebeu 5,9 milhões de turistas na primeira metade do ano, o que resultou num total de 13,9 milhões de dormidas. Mas este número parece não chegar para a economia e Berlim quer mais visitantes, estando agora a apostar no cenário artístico e musical para impulsionar o setor, que não recuperou tão bem quanto outras cidades do bloco europeu desde a pandemia. 

Em termos de comparação, Lisboa recebeu 4,1 milhões de turistas nos primeiros seis meses do ano e Portugal recebeu um total de 14,8 milhões de visitantes neste período. Os organismos estatísticos ainda não revelaram qual o número acumulado de turistas que Paris e Barcelona receberam entre janeiro e junho, mas estima-se que o valor seja superior a Lisboa e Berlim.

Contudo, quando analisada a taxa de ocupação do setor hoteleiro, Lisboa fica à frente de Berlim. A taxa de ocupação fixou-se nos 52,8% na capital alemã, enquanto na capital portuguesa ficou em 69,1%. Em comparação, Madrid atingiu os 65% e Paris os 79%, também à boleia da Disneyland. 

A Alemanha tem tentado o regresso dos turistas, numa altura em que a sua situação económica não é favorável. Aquele que é conhecido como o motor da economia europeia tem estado em apuros, e o país tem tentado melhorar os seus indicadores, apostando agora no regresso dos turistas.