A brasileira Embraer, terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, anunciou esta quarta-feira um lucro de 39 milhões de euros no primeiro semestre do ano, corrigindo os resultados negativos apresentados no dia anterior.
Em comunicado ao mercado, a empresa aeronáutica informou que o balanço do segundo trimestre sofreu um ajuste em relação aos dados divulgados na véspera, devido a uma correção no valor correspondente ao IRC e contribuição social.
Na terça-feira, a empresa havia anunciado perdas líquidas de 482 milhões de reais (76 milhões de euros) no primeiro semestre.
De acordo com o novo balanço, os lucros no primeiro semestre de 2025 representam uma queda de 30% em relação ao mesmo período do ano passado.
No segundo trimestre do ano, a Embraer lucrou 675 milhões de reais (105,97 milhões de euros), menos 62% do que no mesmo trimestre de 2024.
A empresa destacou no relatório financeiro que a tarifa mínima de 10% anunciada em abril pelos EUA, o seu principal mercado, “não afetou significativamente” os resultados do segundo trimestre.
A Embraer e o setor de aviação brasileiro foram isentados da tarifa de 50% assinada na semana passada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, para grande parte das importações do país sul-americano, que entrou em vigor hoje.
No segundo trimestre, a fabricante entregou 61 aeronaves, mais 30% que no mesmo período homologo do ano passado, e 30 aeronaves entregues nos primeiros três meses do ano.
Para 2025, a Embraer manteve a sua previsão de entregar entre 77 e 85 aviões comerciais e entre 145 e 155 aviões pequenos.
A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais até 150 lugares, tem mais de 100 clientes em todo o mundo e mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, no continente americano, África, Ásia e Europa.
Em Portugal, a Embraer é acionista maioritária da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, em Alverca, com 65% do capital.
