Bruno Fernandes desvaloriza críticas e pede mais aos colegas: “Se tivéssemos um bocadinho mais de coração…”

Nem tudo está mal no reino do Manchester United. Amorim já tinha feito este diagnóstico, confirmado agora por Bruno Fernandes. O capitão dos Red Devils entende que a equipa tem de manter a serenidade, apesar das duas derrotas e um empate nas primeiras quatro jornadas da Premier League.

“O treinador acha que a equipa sofre um pouco do facto de sermos reativos e não proativos. Está a faltar um bocadinho dentro nós que nos pode dar aquilo que precisámos. Falta aquele clique para fazer o que nos falta, que são os golos. Para que consigamos ser mais objetivos nas oportunidades, em fechar os espaços, ser mais agressivos. Ser proativos em todos os momentos, tanto a defender como a atacar”, disse o português à ‘DAZN’, antes do jogo com o Chelsea.

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Bruno Fernandes sublinhou que é “preciso muita personalidade” para ser jogador do Manchester United “neste momento” e que cada jogador tem de dar um pouco mais de si.

“É preciso coragem para assumir as dificuldades. Tivemos momentos em que, se acreditássemos um bocadinho mais, se, como dizemos em Portugal, se tivéssemos um bocadinho mais de coração, de raça, poderíamos ter feito algo diferente”, analisou.

O médio assumiu “que há coisas a melhorar” que tem de ser feitos de forma diferente, “mas nem tudo é negativo”

“Os jogadores não são tão maus quanto querem demonstrar. Há coisas positivas e outras que é preciso melhorar”, completou.

Sobre as críticas que lhe são dirigidas, o internacional português recordou que consegue fazer filtrar o que ouve e lê sobre si.

“Se cheguei a este patamar, a querer ser melhor todos os dias, não foi porque havia alguém por fora a falar mal de mim ou a dizer o que eu deveria fazer. Foi porque houve alguém dentro que me foi melhorando. Um treinador, jogadores, todos os que tenho à minha volta e querem o melhor para mim. Toda a gente dá opinião, algumas são pagas para isso outras fazem-no gratuitamente. Quanto estás num dos maiores clubes do Mundo dás ‘cliques’ a toda a gente e, hoje em dia, os ‘cliques’ são dinheiro. Muita gente nem vê os jogos em 90 minutos, só vê clipes. Por isso, foco-me nas opiniões que são realmente positivas em termos de mudança, que me podem dar algo diferente. Nem tudo na vida são coisas negativas e há que refletir e entender que o que de bom há a retirar e o que há a melhorar”, finalizou.