
Na informação é referido que o “apoio imediato” foi confirmado hoje pelos administradores da empresa numa reunião com o chefe de Estado, respondendo “a um apelo especial” de Daniel Chapo, “motivado por preocupações com a segurança, a viabilidade e o futuro da principal prova futebolística do país”.
A empresa Cervejas de Moçambique (CDM) disponibilizou um milhão de dólares (cerca de 860 mil euros) “para garantir a continuidade” do Moçambola em 2025, principal campeonato de futebol, anunciou hoje em comunicado a Presidência da República moçambicana.
Na informação é referido que o “apoio imediato” foi confirmado hoje pelos administradores da empresa numa reunião com o chefe de Estado, respondendo “a um apelo especial” de Daniel Chapo, “motivado por preocupações com a segurança, a viabilidade e o futuro da principal prova futebolística do país”.
“O apoio da CDM será canalizado, em grande parte, para o pagamento de passagens aéreas das equipas participantes no Moçambola, numa medida coordenada diretamente entre a empresa e a transportadora aérea nacional, Linhas Aéreas de Moçambique (LAM). A ação visa reduzir as longas e desgastantes viagens terrestres, frequentemente realizadas pelas delegações desportivas”, refere a Presidência.
A competição de 2025, com 14 equipas, tem sofrido vários reveses, desde logo arrancando em 17 de maio e não em 26 de março como previsto, sofrendo uma paragem de duas semanas em 10 de julho, por indisponibilidade da LAM em assegurar o transporte aéreo das equipas por falta de pagamento dos clubes, alegando 100 milhões de meticais (cerca de 1,3 milhões de euros) em dívidas desde 2024.
Em 01 de agosto registou-se um aparatoso acidente envolvendo o autocarro da equipa da Associação Desportiva de Vilankulo (ADV), que regressava de uma partida do Moçambola por estrada, clube cujos jogos estão a ser adiados por decisão da Liga Moçambicana de Futebol, quando estão apenas disputadas, até ao momento, sete jornadas da competição de 2025.
“O apelo do chefe do Estado surge igualmente associado a preocupações com a segurança das delegações desportivas, uma vez que deslocações prolongadas por estrada têm provocado fadiga e originado acidentes de viação. Um exemplo recente foi o sinistro envolvendo a equipa principal da ADV, que resultou na morte de um membro da delegação e no ferimento de vários outros”, recorda a Presidência, no mesmo comunicado.
O documento acrescenta que Daniel Chapo sublinhou que esta intervenção insere-se “num esforço mais amplo para revitalizar e dinamizar o Moçambola, reconhecendo o seu papel estratégico na promoção da unidade nacional, no desenvolvimento da juventude e na afirmação do desporto moçambicano no plano interno e internacional”.
“Nos próximos dias será promovida uma reflexão alargada com todas as partes interessadas, incluindo o Governo, o setor privado, a Federação Moçambicana de Futebol (FMF), clubes e demais parceiros, para identificar soluções estruturantes e duradouras que assegurem a estabilidade e o crescimento sustentável do Moçambola”, lê-se ainda no comunicado.
Refere igualmente que, “com este apoio, o Governo e os seus parceiros esperam criar condições para que o Moçambola decorra com maior segurança, competitividade e regularidade, fortalecendo a imagem do campeonato e ampliando as oportunidades para atletas, clubes e adeptos em todo o país”.