Check Point diz que “resiliência cibernética é tão crítica para a aviação como a segurança dos passageiros”

Segundo dados da Check Point Research, o setor de Transportes e Logística mantém-se entre os 10 mais atacados do mundo, enfrentando em média 1.143 ciberataques por organização por semana nos últimos meses, um aumento de 5% em termos anuais. “Só em agosto de 2025, o número subiu para 1.258 ataques semanais por organização”, avança a empresa.

O aeroporto de Bruxelas foi atingido por um ataque informático contra o fornecedor de serviços de ‘check-in’ e embarque, estando a sentir-se impactos na programação de voos, informou hoje a autoridade aeroportuária da capital belga.

Também o aeroporto londrino de Heathrow, o maior da Europa, anunciou hoje que o seu fornecedor de faturação e embarque está com “um problema técnico” que pode causar demoras nas partidas.

Perante isto, a Check Point Research vem lembrar que “a aviação se tornou um alvo cada vez mais atrativo para os cibercriminosos”.

A divisão de inteligência de ameaças cibernéticas da Check Point Software Technologies diz que “estes ataques não se limitam a falhas de IT: paralisam voos, deixam passageiros retidos e podem gerar impactos transfronteiriços em poucas horas. Os grupos criminosos exploram a dependência da aviação de sistemas digitais partilhados, sobretudo de plataformas de terceiros usadas em simultâneo por várias companhias aéreas e aeroportos. Quando um fornecedor é comprometido, a disrupção espalha-se de imediato e em larga escala”.

“O momento não é escolhido ao acaso. Muitos ataques ocorrem em fins de semana ou feriados, quando as equipas de TI e segurança são mais reduzidas e os tempos de resposta mais lentos. Ao atacar nestas janelas, os criminosos maximizam a hipótese de causar caos prolongado, com disrupções que frequentemente se estendem até às segundas-feiras, afetando centenas de milhares de passageiros”, acrescenta.

“Os cibercriminosos estão a explorar deliberadamente o ponto mais fraco da aviação: a sua cadeia de fornecimento interligada. Um único fornecedor comprometido pode paralisar dezenas de aeroportos e companhias aéreas de uma só vez”, afirma Rui Duro, Check Point Software Country Manager Portugal.

“Sabem também que os fins de semana são o ponto cego da indústria, quando as equipas de segurança estão mais limitadas e a resposta é mais lenta, criando o máximo de disrupção que se prolonga até aos períodos de maior tráfego aéreo”, refere.

“A menos que as empresas de aviação tratem a cibersegurança com a mesma seriedade que as verificações de segurança física antes da descolagem, continuaremos a assistir a disrupções cada vez maiores. A resiliência cibernética é agora tão crítica para a aviação como a segurança dos passageiros”, alerta Rui Duro.

Segundo dados da Check Point Research, o setor de Transportes e Logística mantém-se entre os 10 mais atacados do mundo, enfrentando em média 1.143 ciberataques por organização por semana nos últimos meses, um aumento de 5% em termos anuais.

“Só em agosto de 2025, o número subiu para 1.258 ataques semanais por organização”, avança a empresa.

“Globalmente, o ransomware continua a ser uma das ameaças mais disruptivas, com 1.600 incidentes reportados no 2.º trimestre de 2025, sendo que o setor de Transportes e Logística representou 4% desses casos. No 2.º trimestre de 2025, a atividade de ransomware cresceu 126% face ao ano anterior, atingindo novos recordes e demonstrando como as campanhas de extorsão e a exploração da cadeia de fornecimento estão a moldar o panorama de ameaças”, revela a Check Point Research.