O Chega vai avançar com uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) aos incêndios desde 2017, anunciou esta terça-feira o presidente do partido, André Ventura, em entrevista ao NOW.
O líder do maior partido da oposição criticou duramente a situação quer na prevenção quer nos meios de combate aos incêndios, voltando a insistir que a atual ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, saia do cargo.
“Acho que há limites para tudo. Está a conseguir ser pior do que a anterior”, disse, acrescentando que “já se viu que não dá. É um flop político”.
Ventura afirmou que o seu partido foi o único que propôs no Parlamento que se investigasse questões como “quem anda a ganhar há anos com os incêndios” e que fosse proibida a comercialização de madeira ardida.
Maria Lúcia Amaral não foi a única governante na mira de André Ventura. A sua colega na Saúde, Ana Paula Martins, também foi duramente criticada.
“Esta ministra nunca devia ter entrado porque já vinha de uma governação vergonhosa”, começou por dizer, antes de avançar com uma “justificação” para a sua continuidade no novo Executivo. “Montenegro quis ter esta ministra como Costa quis ter Eduardo Cabrita, para levar com os raios”, atirou.
Sobre a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o líder do Chega foi perentório: “acabava com a direção executiva do SNS. É só um ‘tacho'”.
Ainda sobre a Saúde, André Ventura insistiu que o Chega sempre foi um defensor de um modelo misto, pelo que é favorável a mais parcerias público-privadas (PPP) no setor.
