China deverá transferir propriedade do TikTok para os EUA, anuncia autoridade comercial

Num avanço significativo nas negociações, os Estados Unidos da América (EUA) e a China chegaram a um acordo para transferir a propriedade da filial do TikTok nos EUA para o país, segundo avançado pela autoridade comercial.

App TikTok num smartphone, com a bandeira dos Estados Unidos no fundo


O assunto ganhou força em 2020, quando Donald Trump ordenou, pela primeira vez, que a ByteDance separasse o TikTok ou enfrentasse o encerramento da plataforma no país.

Agora, Jamieson Greer, representante comercial norte-americano, informou que os EUA e a China têm uma framework para um acordo sobre a transferência do TikTok para propriedade controlada pelos EUA.

Ou seja, o acordo prevê que a propriedade da filial do TikTok nos EUA fique em mãos norte-americanas.

Após sair das negociações com as autoridades chinesas, Scott Bessent informou que o acordo estava a ser fechado, mas recusou-se a prestar outros esclarecimentos, segundo o The Guardian.

Não vamos falar sobre os termos comerciais do acordo. É entre duas partes privadas, mas os termos comerciais foram acordados.

Disse o secretário do Tesouro aos jornalistas, após sair das conversações, a decorrer em Madrid, Espanha.

Ficará o TikTok a salvo nos EUA?

Este avanço é significativo, considerando a disputa que ambos os países protagonizaram ao longo dos últimos anos, desde que os EUA levantaram preocupações de segurança nacional sobre a empresa-mãe da aplicação, a chinesa ByteDance.

Aliás, em abril de 2024, Joe Biden assinou uma lei que dava à empresa nove meses para vender a plataforma a um comprador aprovado pelos EUA ou enfrentar uma proibição total – um prazo que Donald Trump prorrogou repetidamente.

Entretanto, Bessent informou que os detalhes serão acertados quando Donald Trump falar com Xi Jinping, presidente da China, na sexta-feira, uma vez que o acordo sobre o TikTok aguarda a aprovação de ambos os líderes.

Em Madrid, a delegação dos EUA foi liderada pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, enquanto a China esteve representada pelo vice-primeiro-ministro, He Lifeng.