China quer criar uma organização global da IA para que todos sigam as mesmas regras

Com a União Europeia (UE) e os Estados Unidos da América (EUA) a definirem as suas próprias regras para a utilização da Inteligência Artificial (IA), a China decidiu propor uma organização global que uniformize as diretrizes e permita que todos os países e empresas tenham direitos iguais para utilizar a tecnologia.



Num momento em que os EUA e a China combatem em várias frentes, particularmente na da IA, o país asiático anunciou que pretende criar uma organização para promover a cooperação global em matéria de IA.

Segundo o primeiro-ministro, Li Qiang, na Conferência Mundial de Inteligência Artificial, realizada anualmente em Xangai, a China quer ajudar a coordenar os esforços globais para regulamentar a tecnologia de IA em rápida evolução e partilhar os avanços do país.

Esta ideia surge, após Donald Trump revelar o novo “Plano de Ação para a IA da América“, na quarta-feira passada. A iniciativa promete redefinir o futuro da tecnologia no Ocidente, expandindo amplamente as exportações de IA dos EUA para os aliados, numa tentativa de manter a vantagem americana sobre a China nesta matéria crítica.

Países devem colaborar para uma IA acessível a todos

Embora Li Qiang não tenha mencionado os EUA, segundo citado pela Reuters, alertou que a IA corre o risco de se tornar um “jogo exclusivo” de alguns países e empresas.

EUA China Huawei 5G Donald Trump

Com a organização global, a China quer que a IA seja partilhada abertamente, e que todos os países e empresas tenham direitos iguais para a utilizar.

Aliás, o primeiro-ministro chinês disse que o país está disposto a partilhar a sua experiência de desenvolvimento e produtos com outros países, particularmente o “Sul Global” – países em desenvolvimento, emergentes ou de baixo rendimento, principalmente no hemisfério sul.

A gestão global da IA ainda é fragmentada. Os países têm grandes diferenças, particularmente em áreas como conceitos regulatórios e regras institucionais.

Disse Li Qiang, acrescentando que “devemos fortalecer a coordenação para formar uma estrutura governativa global da IA que tenha um amplo consenso o mais rápido possível”.

Leia também: