Crystal Palace conquista primeira Supertaça inglesa após vencer Liverpool

O Crystal Palace conquistou hoje a primeira Supertaça inglesa de futebol da sua história, ao bater o campeão Liverpool no desempate por grandes penalidades (3-2, após 2-2 no tempo regulamentar) em jogo disputado em Wembley.

As ‘águias’, que tinham vencido o Manchester City na final da Taça de Inglaterra (1-0), voltaram a erguer um troféu em Wembley, numa tarde de muitas homenagens a Diogo Jota, jogador português dos ‘reds’ que morreu ainda antes da pré-época.

O jogo foi antecedido de um minuto de silêncio em memória de Diogo Jota e do seu irmão, André Silva, que morreram em 03 de julho num acidente em Espanha, quando o internacional luso viajava de carro para iniciar a pré-época nos ‘reds’.

O minuto de silêncio, que o árbitro teve de encurtar, por desrespeito de alguns adeptos do Crystal Palace, seguiu-se à colocação de coroas de flores no relvado, enquanto nas bancadas eram muitos os adereços alusivos a Diogo Jota.

No seu primeiro jogo oficial da época, tanto os adeptos, como o campeão inglês, voltaram a mostrar que não esquecem o avançado português e o Liverpool ainda apresentou uma camisola com a inscrição ‘forever 20’ [para sempre 20], o número de Diogo Jota, que foi retirado em homenagem ao ex-jogador.

Para os ‘reds’, o jogo até começou a correr de feição, com os reforços Hugo Ekitité, Florian Wirtz, Jeremie Frimpong e Milos Kerkez em campo e com bons indicadores das novas caras da equipa de Anfield Road.

Coube a Ekitiké, o jogador mais avançado dos ‘reds’, proveniente do Eintracht Frankfurt, abrir o marcador, num lance em que avançado combinou com Florian Wirtz (ex-Bayer Leverkusen) e fez o 1-0, aos quatro minutos.

Num jogo que até parecia de sentido único, o Crystal Palace procurou apostar numa estratégia para explorar as transições com os seus homens mais rápidos na frente, Eze e Mateta, e foi depois de uma saída rápida que os ‘eagles’ marcaram.

O guarda-redes Allison ainda saiu à bola, mas a posse prosseguiu nos homens do Palace e Virgil Van Dijk não evitou um toque para grande penalidade, que Mateta converteu, em força, aos 17 minutos, restabelecendo a igualdade.

Durou pouco a igualdade, já que Frimpong (ex-Bayer Leverkusen), novo dono do lado direito da defesa, quis cruzar e fez um cruzamento em balão, com a bola a entrar picada sobre o guarda-redes Dean Henderson, aos 21.

Já durante a segunda metade a equipa de Arne Slot sentiu maior ameaça, ao perder algum critério na zona intermédia, e o treinador neerlandês aproveitou para mexer e fazer entrar Alexis MacAllister e Endo, por troca com Ekitité e Curtis Jones, aos 70.

Apesar das mudanças, foi o Palace a aproveitar uma perda de bola a meio-campo, para Sarr sair que nem uma flecha e disparar para o 2-2 dos londrinos, aos 77.

Pouco depois, o VAR não entendeu existir motivo para grande penalidade, por uma alegada mão de MacAllister na área, e, ato contínuo, Salah esteve perto de marcar, mas atirou à figura de Henderson, aos 83 minutos.

Já com Harvey Elliot em campo, por troca com Wirtz, contratado por 125 milhões de euros, e Andy Robertson, para o lugar de Kerkez, o Liverpool continuou em grandes dificuldades, com notória quebra física, e os londrinos ainda atiraram a rasar o poste dos ‘reds’.

Sem prolongamento e com a decisão na lotaria das grandes penalidades, o Liverpool foi displicente, sobretudo Salah, a atirar para as ‘nuvens’, numa sequência em que também falharam MacAllister e Harvey Elliot, com defesas de Henderson.

O Palace falhou menos, com Eze a permitir a defesa de Allison e Sosa a atirar à barra, e coube a Devenny marcar com êxito o quinto penálti e dar ao Crystal Palace a primeira Supertaça da sua história.