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O líder do Chega já tinha deixado em aberto a possibilidade de avançar para Belém. “Se quiserem e entenderem que devo ir, aqui estarei. Se entenderem que não devo ir, aqui estarei. Se entenderem que outro ou outra e, quem, deve ir, aqui estarei também, como aquele que melhor vos representa”, disse na última sexta-feira, durante a abertura do Conselho Nacional do partido.
Esta terça-feira, André Ventura confirmou que é candidato às presidenciais — que deverão acontecer a 18 de janeiro de 2026 —, já que não podia “ignorar os militantes e não lhes dar voz nestas eleições”.
Contudo, também sublinhou que não desejou ser candidato nestas eleições. “O líder da oposição não tem como vocação primeira ser candidato a Presidente da República e procurei garantir que o Chega tinha um candidato que nos levasse à segunda volta”. “Falhei nessa tarefa”, assumiu.
Quem são os outros candidatos?
Em fevereiro, o antigo líder do PSD e conselheiro de Estado Luís Marques Mendes apresentou a candidatura a Presidente da República.
“Estive em quatro governos durante quase 13 anos”, referiu. “Com este percurso tive oportunidade de adquirir uma vasta experiência, conheço bem o país, o poder local e o poder central e conheço o cargo de Presidente da República”.
“O cargo de Presidente da República é um cargo eminentemente político. Assim sendo, deve ser exercido por quem tem experiência política. Não existe uma Presidência sem política”, afirmou na altura.
A 14 de maio, o ex-chefe do Estado Maior da Armada Henrique Gouveia e Melo confirmou ser candidato à Presidência da República, lembrando que “pode contribuir de forma muito decisiva para a estruturação da política de médio e longo prazo, com uma visão estratégica, e para as reformas estruturais que há muitos anos estão por fazer na sociedade portuguesa”.
Segundo referiu, a sua decisão foi tomada tendo também em conta “alguma instabilidade interna que se tem prolongado” no país, devido a governos de curta duração e à falta de uma governação estável.
Dias depois, na apresentação da candidatura, completou esta justificação. “Apresento-me diante vós como candidato à presidência da República. Nos últimos três anos senti o apelo para a minha candidatura. No mesmo período, o mundo mudou muito. Vêem-se nuvens de perigo no horizonte. A guerra voltou ao coração da Europa. O Ocidente vacila e perde o rumo. Os EUA não garantem segurança e lançam incerteza. As democracias são atacadas de fora e corroídas por dentro. Portugal não está imune, nem isolado numa redoma protetora. São claros os sinais de cansaço, desânimo e desencanto na nossa jovem democracia. E é por tudo isto que aqui estou”, disse.
A atual eurodeputada e antiga líder do Bloco de Esquerda confirmou este mês a sua entrada na corrida a Belém através de um nota enviada aos militantes do partido.
“Escrevo-te sabendo bem como estes anos têm sido exigentes com todas e todos os ativistas que constroem a esquerda. Que não largam a mão de quem está ao lado. Foram muitos os nossos combates, com tanta gente. E em todos nós nos reencontramos. Escrevo-te num momento em que o processo das eleições presidenciais já começou, já está no terreno, com os homens do costume. Dos que há décadas governam o país e dos que tentam rentabilizar a angústia, para fazerem o mesmo ou pior”, lê-se na mensagem.
“Sei quem sou e como cheguei até aqui, e que devo tudo a quem partilhou comigo uma vida de ideias, movimentos e ação da esquerda que quer fazer da igualdade a garantia do nosso futuro. Foi convosco que aprendi e orgulho-me do nosso espírito coletivo. Por isso, é a ti que quero dizer em primeiro lugar que anunciarei hoje a minha candidatura a Presidente da República”, completou.
Em junho, a candidata presidencial Joana Amaral Dias lançou a sua corrida a Belém.
Joana Amaral Dias defendeu que o partido ADN, que apoia a sua candidatura, é a “única força política em Portugal contra os globalistas”.
Isso é “fundamental quando o grande bloco central está a desenhar-se no parlamento, uma espécie de chapéu de três bicos com um terceiro vértice, chamado Gouveia e Melo. Enfim, péssimas notícias para a democracia e para a liberdade”, considerou.
O antigo secretário-geral do PS António José Seguro apresentou em junho a sua candidatura a Presidente da República no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, considerando que se afastou “quando podia dividir” e agora volta “para unir”.
“É por Portugal que aqui estamos”, disse, para depois agradecer a quem lhe transmitiu durante a vida “valores inegociáveis” como a “seriedade”, “sem desvio ou arrependimento”.
São também estes valores que estão na origem do “caminho que iniciamos”, diz, repetindo-os: “Liberdade, igualdade, solidariedade, respeito pelo outro e seriedade. Estes são os pontos cardeais de um percurso que tem uma meta: fazer de Portugal, um país justo e de excelência”.
“Acreditamos que no nosso país pode haver justiça para todos. Diante das incertezas, acreditamos que pode haver segurança. Perante sinais de ódio, acreditamos que pode haver tolerância. Diante da angústia, acreditamos que pode haver esperança”, acentuou na altura.
“Esta candidatura é para levar até ao fim”, garantiu António Filipe aos jornalistas durante a sessão de apresentação da sua candidatura presidencial, na Voz do Operário, em Lisboa, no mês de julho.
Segundo António Filipe, apoiado pelo PCP, a sua candidatura “é insubstituível” e a sua “importância” não pode ser assumida por “nenhuma [das candidaturas] existentes, muito menos das inexistentes”, quando questionado sobre a possível candidatura de António Sampaio da Nóvoa.
António Filipe considerou que, nas suas “mais de três décadas” como deputado à Assembleia da República, conseguiu mostrar que “é possível conciliar a defesa intransigente das posições políticas de cada um e o combate leal a posições políticas diferentes, com um sentido de equilíbrio e de abertura a consensos em que todos os democratas se possam rever”.
“É esse o sentido da minha, da nossa candidatura. É a candidatura de um comunista, com a confiança e o apoio dos seus camaradas, mas rejeita que a queiram limitar às fronteiras de uma afirmação partidária”, afirmou.
Já em agosto, o ex-líder e atual eurodeputado da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim de Figueiredo, anunciou que será candidato à Presidência da República.
Na rede social X, Figueiredo explicou que a sua candidatura chega num momento em que “Imagina Portugal a sério. Imagina Portugal onde podemos cumprir a nossa visão e alcançar os nossos sonhos. Imagina um país moderno, capaz de inovar e de avançar. Imagina um país onde a Liberdade é a base da cultura, do conhecimento e do crescimento”.
De recordar que a atual líder da IL, Mariana Leitão, antes de assumir a liderança do partido, retirou “a candidatura à Presidência da República”, alegando que “o ciclo político mudou”. Na altura, quanto à corrida a Belém, Leitão considerou que, apesar da sua desistência, “o espaço pela luta dos valores liberais deverá ser depois ocupado”.
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