
A Samsung é uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. Mas os últimos trimestres não têm corrido de feição ao gigante sul-coreano. O que se passa, afinal, com a empresa?
A maioria das pessoas conhece a Samsung pelos smartphones… ou televisores. Mas a tecnológica é a segunda maior produtora mundial de chips, apenas atrás da TSMC… E é também a maior fabricante de memórias para semicondutores. É este negócio dos chips, que durante muitos anos foi bastante lucrativo, aquele que tem estado em queda.
Por exemplo, no segundo trimestre, os lucros da divisão de memórias e chips da Samsung caíram 93% em comparação com o ano passado. No primeiro trimestre, as quedas tinham sido superiores a 40%. E as quebras nesta divisão têm sido regulares desde 2023.
Os motivos? Há uma maior concorrência de empresas chinesas no segmento das memórias para semicondutores… O que tem levado a uma forte descida nos preços destes componentes.
Os limites às exportações de chips impostos pelos EUA à China também estão a limitar as vendas da empresa… E a Samsung tem aumentado os gastos em investigação e desenvolvimento na criação de novos processos de fabrico para concorrer com a rival TSMC. A empresa decretou, inclusive, semanas de 64 horas de trabalho para alguns trabalhadores desta divisão.
Além das quebras nos lucros, a Samsung tem enfrentado outros contratempos. Em março, um dos presidentes executivos da empresa, faleceu subitamente. E mesmo no mercado dos smartphones, uma das principais bandeiras da marca, as vendas têm estado estagnadas.
A Samsung perdeu inclusive, em 2023 e 2024, o lugar de marca que mais smartphones vende a nível global para a Apple, segundo a empresa de análise IDC.
E olhando para os últimos 12 meses, as ações da empresa perderam 14% do valor.
Mas há sinais positivos no horizonte. A Samsung conseguiu recentemente um contrato de 16 mil milhões de dólares com a Tesla, para produzir uma nova geração de chips para os carros elétricos. Um acordo que é válido até 2033.
A empresa também recuperou, no início do ano, a liderança global na venda de smartphones. E só em 2025 as ações subiram mais de 30%.
Será este o início da tão ambicionada recuperação da Samsung?