Escolas da Flórida vão introduzir drones armados para responder a tiroteios

Perante um problema recorrente nas escolas dos Estados Unidos da América (EUA), a Flórida vai testar drones armados para responder a tiroteios. Três áreas escolares do estado vão testar o sistema, após ter sido aprovado pelo governador Ron DeSantis.



Criados por uma empresa chamada Campus Guardian Angel, os drones permanecem nas suas bases de carregamento em caixas seguras e múltiplas, cada uma com seis drones, nas instalações das escolas até que um incidente a envolver um tiroteio seja detetado.

Quando isso acontece, são pilotados remotamente por operadores, a partir da sede da empresa, em Austin. As equipas incluem um piloto, especialistas táticos que coordenam os movimentos e decidem quando agir, e contactos que transmitem informações em tempo real às autoridades policiais.

Além de fornecerem uma transmissão de vídeo ao vivo constante para as equipas de primeiros socorros, os drones a serem testados voam a uma velocidade de cerca de 48 a 80 quilómetros por hora dentro de edifícios e podem atingir cerca de 160 quilómetros por hora ao ar livre. Com estas velocidades, podem atravessar um campus em oito segundos, confrontando um atirador armado em 15 segundos.

Conforme explicado, os drones estarão lá principalmente para ajudar as autoridades policiais, patrulhando cantos e salas de aula – quase que como um cão-patrulha.

Por sua vez, as transmissões ao vivo poderão ajudar a confirmar a identidade e a localização do atirador, auxiliando na perceção da situação e na avaliação da ameaça.

Embora armados, os drones carregam armas não letais, permitindo-lhes distrair, desorientar, confrontar e incapacitar atiradores. Além disso, carregam balas de pimenta e um quebra-vidros para entrar rapidamente nas salas de aula.

Drones armados nas escolas suscitam preocupações

A presença de 30 a 90 drones nas escolas tem suscitado preocupações. Além de quaisquer potenciais problemas técnicos, surgem receios relativamente à possibilidade de eles tornarem uma situação de tiroteio ainda pior ou mais complicada, havendo ainda dúvidas sobre o tipo de formação que os operadores recebem.

A par disso, há a questão da segurança do armazenamento, bem como a possibilidade de um drone colidir com um aluno ou com as forças policiais enquanto voa pelos corredores.

Entretanto, os resultados do teste ao sistema nas três áreas escolares deverão ser conhecidos, com a Campus Guardian Angel a planear instalar os drones nas escolas de forma permanente, em setembro e outubro, antes de o serviço ficar totalmente operacional, em janeiro do próximo ano.