
“Se a paz não for possível aqui e isto continuar como uma guerra, as pessoas continuarão a morrer aos milhares… infelizmente, podemos acabar lá, mas não queremos acabar lá”, admitiu o secretário de Estado norte-americano, Marc Rubio, no programa Face the Nation, em declarações transcritas pela agência noticiosa Reuters.
O secretário de Estado norte-americano, Marc Rubio, admitiu, em declarações ao programa Face the Nation, do canal televisivo CBS, que apesar dos Estados Unidos estarem a tentar criar um cenário para que se acabe com a guerra entre Rússia e Ucrânia tal pode não ser possível. O governante referiu que ambos os lados terão que fazer concessões se quiserem que um acordo de paz seja alcançado.
“Se a paz não for possível aqui e isto continuar como uma guerra, as pessoas continuarão a morrer aos milhares… infelizmente, podemos acabar lá, mas não queremos acabar lá”, admitiu o governante norte-americano no programa Face the Nation, em declarações transcritas pela agência noticiosa Reuters.
Na segunda-feira está programado um encontro entre o presidente do Estados Unidos, Donald Trump, e o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Washington, para discutir a guerra que coloca frente-a-frente russos e ucranianos.
Este encontro em Washington surge depois de Trump se ter encontrado com o presidente russo, Vladimir Putin, na sexta-feira, no Alasca, discutindo também a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Sobre este encontro Marc Rubio referiu na entrevista à CBS que existiram assuntos que foram discutidos nessa reunião [Trump e Putin] que têm “potencial para progresso”.
A BBC dá conta que Trump quer ‘saltar’ do cessar-fogo para um acordo de paz, que acabe de forma definitiva com a guerra entre a Rússia e Ucrânia.
Isso ficou claro, através da rede social Truth Social, onde Trump, considerou que um acordo de paz, entre russos e ucranianos, seria a “melhor maneira de acabar com a guerra”, em contraste com o cessar-fogo, que pelas palavras do presidente norte-americano, “não se têm sustentado”.
A BBC diz ainda que na sequência de um telefonema, entre Trump e Zelensky, após a cimeira entre Estados Unidos e Rússia, na sexta-feira, Zelensky colocou várias exigências para que se atinja “uma paz sustentável e fiável”, entre as quais uma “garantia de segurança fiável” e o regresso de crianças que na sua visão foram “raptadas de territórios ocupados” pelas forças russas.
Do lado russo, assinala a BBC, esse acordo de paz incluiria a retirada da Ucrânia da região de Donetsk, no Donbass, em troca do congelamento das linhas da frente em Zaporizhzhia e Kherson por parte da Rússia. Para além de Donetsk, Putin tem também interesse em ‘ficar’ com Lugansk.
Recorde-se que Trump já tinha admitido que um acordo de paz, entre russos e ucranianos, poderia envolver a cedência de territórios, um cenário que numa fase inicial foi rejeitado por Zelensky.
Zelensky também já disse, na rede social X (antigo Twitter), que a não existência de um cessar-fogo, com a Rússia, “complica” um acordo de paz.
Este domingo Zelensky reúne-se também com líderes europeus para abordar esta ideia de um acordo de paz, que saiu da reunião entre Trump e Putin, na sexta-feira.