
O presidente dos EUA, Donald Trump, confirmou neste domingo ter chegado a um acordo comercial com a União Europeia (UE), depois da reunião que teve com a presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen. O acordo alcançado é de 15% para a maioria dos bens europeus.
“Penso que isto basicamente fecha o acordo”, comentou Donald Trump após a reunião que teve neste domingo com Ursula von der Leyen, na Escócia. Segundo a presidente da CE, a tarifa de 15% é “abrangente”, mas Donald Trump referiu depois que não inclui metais e produtos farmacêuticos.
“Alcançamos um acordo. E é um bom acordo para todos”, defendeu o presidente norte-americano, citado pela BBC. “Vai tornar-nos mais próximos… é uma parceria, em determinado sentido”, acrescentou. Já Von der Leyen considera que o acordo vai trazer “estabilidade” e “previsibilidade” às relações comerciais entre os dois blocos económicos, cita a Bloomberg.
Escreve a agência de notícias que a União Europeia concordou comprar 750 mil milhões de dólares em energia aos EUA, comprometeu-se a investir 600 mil milhões de dólares no mercado norte-americano e a comprar “grandes quantidades” de equipamento militar, e vai também abrir o mercado europeu a produtos norte-americanos que estarão isentos de tarifas.
Existem ainda áreas que vão precisar de mais tempo de negociação. São exemplos o setor farmacêutico, que Donald Trump já tinha sinalizado querer manter fora do acordo global, mas também o segmento dos semicondutores. Segundo o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, estas negociações mais específicas deverão estar concluídas dentro de duas semanas.
O anúncio do acordo chega depois de semanas de negociações e de ameaças comerciais de parte a parte. Os EUA chegaram a acenar com tarifas de 50% para as exportações da União Europeia, que mais tarde baixaram para 30% (sendo o acordo agora firmado nos 15%, muito abaixo do valor inicialmente avançado). Já do lado da União Europeia, houve sempre uma preocupação em mostrar que o conjunto de 27 países estava preparado uma guerra comercial, tendo chegado a estar em cima da mesa a possibilidade de aplicar tarifas a cerca de 100 mil milhões de euros em bens norte-americanos.
Notícia atualizada às 19h07