Flotilha de Gaza denuncia explosões em embarcações e vários drones

“Vários drones, objetos não identificados, comunicações bloqueadas e explosões em várias embarcações”, descreveu a Global Sumud Flotilla em comunicado.

“Estamos a assistir em primeira mão a estas operações psicológicas, mas não nos deixaremos intimidar”, acrescentou.

De acordo com a ativista alemã dos Direitos Humanos Yasemin Acar, foram atacadas cinco embarcações.

“Não temos armas. Não somos uma ameaça para ninguém”, afirmou num vídeo publicado no Instagram, sublinhando que a flotilha “transporta apenas ajuda humanitária”.

A flotilha, que partiu de Barcelona, na costa nordeste de Espanha, no início deste mês, já foi anteriormente alvo de dois ataques de drones nos arredores de Tunes.

Entre os seus membros encontram-se ativistas pró-palestinianos, incluindo a ambientalista sueca Greta Thunberg e também três portugueses.

Mariana Mortágua descreve ataques

Num vídeo no Instagram, a deputada bloquista Mariana Mortágua avançou que “esta noite foram registados cinco ataques de drones a outros barcos que estão atrás de nós”.

Num dos casos “foi lançado um dispositivo com uma substância química que atingiu um dos barcos”, acrescentou.

A flotilha está agora “em estado de alerta e com o protocolo de segurança ativado”.

“Esta é, apesar de tudo, uma estratégia de intimidação para tentar travar estes barcos com ajuda humanitária, mas isso não vai acontecer. Nós estamos dentro do direito internacional”, assegurou a deputada.

Num outro vídeo, Mortágua mostrou um dos ataques às embarcações.

Os navios da flotilha pretendem chegar a Gaza para entregar ajuda humanitária e “quebrar o bloqueio israelita”, depois de duas tentativas terem sido bloqueadas por Israel em junho e julho.

Israel disse na segunda-feira que não permitiria que a flotilha chegasse a Gaza, sugerindo que atracasse em Ashkelon, a norte do enclave.