
Gouveia e Melo ataca o primeiro-ministro por manter festa do Pontal “numa bolha de cinismo frio perante o sofrimento” a que a população está exposta por causa dos incêndios.
O candidato presidencial Gouveia e Melo mostra-se “incrédulo e chocado com a postura de alguns responsáveis políticos” que acusa de estarem “alheios ao terror vivido pelas populações”, mantendo “as suas agendas, “numa bolha de cinismo frio perante o sofrimento”.
Numa publicação nas redes sociais horas depois de Luís Montenegro ter marcado presença no habitual discurso do Pontal, no Algarve, o candidato presidencial destaca que “há quem brinde às férias e tire fotografias sorridentes em eventos políticos de verão”, defendendo que um “verdadeiro líder, mesmo sem poder fazer mais, está a frente com o seu povo”.
“Se não conseguem prevenir nem remediar, espera-se, no mínimo, que estejam presentes, ao lado do povo, no seu sofrimento”, naquilo que parecia ser uma alusão aos incêndios que por estes dias têm devastado o norte e o centro do país.
“Não se pode falar agora dos incêndios porque é aproveitamento político”, refere Gouveia e Melo. “Só depois do combate se pode discutir”, refere o militar, que considera essa postura uma forma de os políticos no ativo diminuírem “as suas responsabilidades”. “Se isto é política, tenho muita sorte em não ter passado por ela” – mas pretende agora fazê-lo, apesar de as últimas sondagens terem baixado as expectativas da sua candidatura.