
O secretário-geral do PS defendeu esta quarta-feira, em entrevista ao NOW, que “a situação de alerta nos fogos não é suficiente”. “O Governo deve declarar a situação de contingência, que permite ativar os planos de emergência e mobilizar meios”, afirmou José Luís Carneiro. Recusando assacar desde já culpas ao Governo, disse que “é necessário aguardar pelo desfecho do verão” para avaliar o decurso do combate aos fogos.
Questionado sobre se o primeiro-ministro deveria interromper as férias por causa dos incêndios, o líder socialista não quis responder diretamente, mas partilhou que quando foi convidado para ministro da Administração Interna, o então primeiro-ministro, António Costa, aconselhou-o a “tirar férias na Páscoa e não em agosto”.
Em relação ao chumbo da lei dos estrangeiros pelo Tribunal Constitucional, Carneiro vincou que o PS sempre foi favorável “às entradas regulares e seguras” no País, mas que isso exige “o reforço e a modernização dos meios e serviços consulares”. Defendeu “o direito ao reagrupamento familiar, desde logo por questões de segurança”, por considerar maiores os riscos de “uma imigração essencialmente masculina”.
Em matéria de Saúde, o secretário-geral do PS referiu-se à ministra da tutela, Ana Paula Martins, como “um peso morto no Governo”, criticando o “cenário terceiro-mundista” do setor, depois de uma grávida ter dado à luz na rua.