
O negócio inclui uma venda de 3,8 mil milhões de dólares por 30 helicópteros AH-64 Apache, quase duplicando as capacidades atuais de Israel, e uma segunda venda de 1,9 mil milhões de dólares por 3.200 veículos de assalto de infantaria ao Exército israelita, de acordo com uma autoridade norte-americana e outra pessoa ligada ao processo, que falaram à agência Associated Press (AP) sob anonimato.
A entregas deste equipamento militar não ocorrerão antes de dois a três anos, ou mais, segundo estas fontes.
Este negócio de grande volume ocorre numa altura em que os planos dos EUA para intermediar o fim da guerra de quase dois anos entre Israel e o Hamas estão estagnados.
Acontece também depois de o ataque israelita aos líderes do Hamas em Doha, no Qatar, que gerou uma ampla condenação entre os aliados dos EUA no Médio Oriente.
Os EUA mantiveram o seu apoio, apesar da crescente pressão internacional sobre Israel e das tentativas de um número crescente de senadores democratas norte-americanos para bloquear a venda de armas ofensivas a Israel.
O Departamento de Estado recusou comentar as vendas, que foram inicialmente noticiadas pelo jornal The Wall Street Journal.
Israel lançou uma nova ofensiva, prosseguindo com os planos para tomar a Cidade de Gaza, enquanto uma organização profissional de académicos que estudam o genocídio afirmou que Israel está a cometer genocídio em Gaza.
O Reino Unido, que no ano passado revelou que ia suspender as exportações de algumas armas para Israel por receio de que pudessem ser utilizadas para violar as leis humanitárias internacionais, proibiu recentemente as autoridades do Governo israelita de comparecerem na maior feira de armas do país.
A Turquia anunciou, por sua vez, o encerramento do seu espaço aéreo aos aviões do Governo israelita e a qualquer carregamento de armas ao Exército israelita, e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, considerou num discurso os ataques israelitas a Gaza como desproporcionais.
A administração Biden suspendeu o envio de bombas de 900 kg para Israel devido a preocupações com baixas civis, mas Trump levantou a suspensão quando tomou posse em janeiro.
Trump, por sua vez, já aprovou cerca de 12 mil milhões de dólares (10,2 mil milhões de euros) em grande assistência militar a Israel este ano.
Mais recentemente, em junho, os EUA aprovaram uma venda de armas de 500 milhões de dólares (425 milhões de euros) a Israel para reabastecer as suas Forças Armadas com kits de orientação de bombas de precisão.
Israel continua a sua ofensiva militar na Faixa de Gaza, que já causou mais de 65.100 mortos desde 07 de outubro de 2025, em retaliação ao ataque do Hamas, que fez cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.