Retirar o filtro de partículas (FAP ou DPF) de um carro não é legal em Portugal nem na União Europeia e pode trazer problemas sérios.
O filtro de partículas é um filtro cerâmico. Uma peça produzida em cerâmica porosa de cordierite ou carboneto de silício com uma estrutura parecida à de um favo de mel, mas com células quadradas em vez de hexagonais. Está colocada entre a linha de escape dos motores turbodiesel (a partir de agora todos os motores a gasolina passam a ter este componente) e evitam a emissão de partículas nocivas para a atmosfera.
O filtro retém as partículas de fuligem resultantes da combustão do gasóleo. Sem ele, as emissões aumentam muito, poluindo o ar e prejudicando a saúde pública.
Filtro de Partículas – Situação legal
- O FAP/DPF é obrigatório nos veículos a gasóleo mais recentes, de acordo com as normas europeias de emissões.
- A sua remoção ou alteração é ilegal e pode levar à reprovação na inspeção periódica obrigatória (IPO).
- Em caso de fiscalização, pode haver coima elevada, apreensão do Documento Único Automóvel (DUA) e até cancelamento da matrícula.
O filtro é uma peça que custa muito dinheiro. Quando começa a dar problemas, a solução passa por retirá-lo apesar de ser ilegal. No entanto, existem empresas a anunciar que realizam esta operação sem que os centros consigam detetar a “marosca”. Isto porque mantêm a caixa exterior e soldam um tubo no seu interior para o inibir.
Outro tipo de cliente que habitualmente retira o filtro de partículas é o fã do car tuning que, para extrair mais uns cavalos do motor, incrementa a pressão do turbocompressor, “vitamina” a bomba de gasóleo e retira o filtro, que se lá continuasse rapidamente ficaria saturado e a obrigar a operações de limpeza extra por incineração.