
As tarifas elevadas e a instabilidade geopolítica têm afetado as cadeias de abastecimento e aumentado a incerteza nos mercados. O acordo alcançado entre o bloco europeu e os Estados Unidos, de induzirem tarifas de 15%, numa tentativa de reduzir as tensões comerciais e limitar os impactos negativos para as economias de ambos os lados do Atlântico, pode colocar algumas economias expostas às consequências das políticas comerciais.
A economia europeia está a ser afetada negativamente pelas tensões comerciais, impulsionadas pelo regresso do protecionismo nos Estados Unidos, segundo revela o último relatório da Intrum, Economy in Focus #14: Bracing for Impact – Europe in a New Trade Era.
As tarifas elevadas e a instabilidade geopolítica têm afetado as cadeias de abastecimento e aumentado a incerteza nos mercados. O acordo alcançado entre o bloco europeu e os Estados Unidos, de induzirem tarifas de 15%, numa tentativa de reduzir as tensões comerciais e limitar os impactos negativos para as economias de ambos os lados do Atlântico, pode colocar algumas economias expostas às consequências das políticas comerciais.
O relatório apresenta dois cenários possíveis para a economia europeia mediante esta situação, o primeiro passa por uma desescalada gradual das tensões comerciais, com retaliações moderadas e manutenção das tarifas em níveis possíveis de serem geridos, e o outro cenário aponta para uma evolução para uma guerra comercial em larga escala, com aumento significativo das tarifas e retaliações, resultando numa recessão profunda.
Anna Zabrodzka-Averianov, economista sénior da Intrum, afirma “a incerteza geopolítica e as políticas comerciais protecionistas estão a desacelerar a recuperação na zona Euro. Embora a desescalada gradual seja o cenário base, os danos já estão feitos, e as empresas devem preparar-se para desafios contínuos”.
O relatório aponta que as perspetivas globais para 2025 estão dependentes das decisões políticas em Washington e da reação dos principais atores mundiais.
A Intrum recomenda que “os decisores políticos devem equilibrar respostas a choques de curto prazo com mudanças estruturais de longo prazo”.
“A Europa e as suas empresas devem preparar-se para um período de recalibração estratégica”, salienta o relatório, salientando que “uma forte recessão económica reduz severamente os fluxos de caixa das famílias e das empresas, provocando um aumento significativo dos atrasos nos pagamentos, dos incumprimentos e das falências”.