
O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, disse neste domingo que o acordo de cessar-fogo para a guerra na Ucrânia que está a ser preparado dificilmente será do agrado de ambos os lados do conflito.
“Ninguém vai ficar supercontente. Tanto os russos como os ucranianos, provavelmente, no final de contas, vão ficar insatisfeitos [com o acordo]”, disse o político norte-americano, numa entrevista transmitida este domingo na Fox News, mas gravada na sexta-feira passada.
A declaração do vice-presidente surge poucos dias depois de ter sido confirmado que o Presidente dos EUA, Donald Trump, e o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, vão encontrar-se no Alasca na sexta-feira, 15 de agosto, para discutir um cessar-fogo na Ucrânia.
Já neste domingo, foi também revelado que a Casa Branca está a considerar convidar o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para este encontro.
Sobre um encontro entre Zelensky e Putin, J.D. Vance considerou ser mais vantajoso acontecer depois de o Presidente russo se encontrar com Donald Trump. “Estamos num ponto em que tentamos perceber questões de agenda, sobre quando estes três líderes poderiam sentar-se e discutir o fim do conflito”.
Na sexta-feira, foi revelado que os EUA e a Rússia estão a trabalhar num acordo de tréguas para a guerra na Ucrânia, mas que deverá implicar a cedência do território ucraniano conquistado pelos russos durante a invasão. Especificamente, a Rússia pretende ficar com a região oriental do Donbass, assim como com a Crimeia, anexada em 2014.
Uma notícia que motivou uma resposta rápida de alguns líderes europeus. “O futuro da Ucrânia não pode ser decidido sem os ucranianos, que lutam pela sua liberdade e segurança há três anos. Os europeus também são necessariamente parte da solução, porque a sua segurança depende disso”, defendeu o Presidente francês, Emmanuel Macron.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022.