
A Airbus registou um lucro de 1,5 mil milhões de euros no primeiro semestre, mais 85% do que no mesmo período de 2024, em que tinha caído 46% para 825 milhões, anunciou esta quarta-feira a fabricante europeia de aviões.
Em comunicado, citado pela AFP, a empresa justificou os resultados com o “progresso na transformação” da sua divisão de defesa e espaço.
A Airbus referiu que, perante “persistentes problemas de fornecimento de motores no programa A320”, entregou 306 aeronaves entre janeiro e junho, face a 323 no mesmo período do ano passado.
“Estamos a produzir aeronaves de acordo com os nossos planos, mas as entregas estão atrasadas porque enfrentamos problemas contínuos de fornecimento de motores para o programa A320”, explicou o presidente executivo da Airbus, Guillaume Faury.
A receita aumentou 3% para 29,6 mil milhões de euros, mas a receita do negócio de aviões comerciais da Airbus diminuiu 2% para 20,8 mil milhões de euros, devido a menores entregas, apontou a fabricante de aviões.
Há um ano, o lucro líquido semestral da Airbus caiu 46%, para 825 milhões de euros, devido a despesas significativas relacionadas com as suas atividades espaciais.
Face à queda da procura de satélites de telecomunicações que estava a prejudicar o seu desempenho financeiro, a Airbus anunciou em outubro 2.500 cortes de postos de trabalho na sua divisão de defesa e espaço, um número revisto em baixa em dezembro, para 2.043.
As previsões para 2025 mantêm-se inalteradas nesta fase, apesar do contexto “complexo e em evolução”, com a fabricante a planear entregar 820 aviões comerciais, em comparação com os 766 do ano passado, e tendo como meta um lucro operacional ajustado “de cerca de 7 mil milhões de euros”.
A Airbus anunciou ainda que vai propor a nomeação de Oliver Zipse, atual responsável da BMW, como membro não executivo do seu conselho de administração, na próxima assembleia geral.