Lucro da Sporting SAD dispara 66% para 20 ME em 2024/25

A Sporting SAD obteve um resultado líquido de 20 milhões de euros (ME) no exercício de 2024/25, um aumento de 66% face ao lucro de 12,1 ME registado no período homólogo, informaram hoje os ‘leões’.

Numa época em que o Sporting se sagrou bicampeão português de futebol, os rendimentos operacionais sem transações de jogadores da SAD ‘verde e branca’ cresceram 45% para 148,1 ME, o valor mais alto de sempre, impulsionando significativamente o resultado líquido, segundo as contas divulgadas através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Os recordes nas atividades comerciais e as receitas oriundas da participação na Liga dos Campeões estiveram na base da subida significativa dos rendimentos operacionais, impulsionando o lucro que foi obtido pelo quarto exercício consecutivo pela entidade liderada por Frederico Varandas.

O volume de negócios subiu mais de 7% para 265 ME, o maior valor de sempre, mantendo a tendência de crescimento registada desde a época de 2018/19, com o resultado operacional a mais que triplicar face à época homóloga, ascendendo a 45,4 ME.

No que toca às vendas de jogadores, a SAD ‘leonina’ encaixou 116,2 ME na temporada passada, menos 11% (13,7 ME) do que na anterior, explicada pelo esforço de manutenção do plantel campeão em 2023/24 e que foi bicampeão na última época.

“Foco na competitividade desportiva e estabilização do plantel para a conquista do bicampeonato resultou num ligeiro decréscimo do volume de vendas de atletas face à época homóloga (11%)”, vincou a SAD do Sporting, realçando as “vendas significativas de jovens talentos assinaladas na época 2024/2025, nomeadamente Geovany Quenda e Dario Essugo para o Chelsea, por 50,8 ME e 22,3 ME, respectivamente”.

Já quanto às compras de jogadores, houve um crescimento de 16% para 74,6 ME, um novo recorde em Alvalade, tendo em vista o “reforço da equipa para a conquista do bicampeonato, em paralelo com uma participação sólida na Liga dos Campeões da UEFA”, sublinharam os ‘leões’.

“A estratégia de valorização dos atletas e o foco na captação de talento e formação”, culminou com o Sporting a atingir o marco dos 500 ME de valor de mercado do plantel, sendo assim o “primeiro e único clube” na Liga portuguesa a ultrapassar este limiar, acrescentaram.

No final do último exercício, o capital próprio da Sporting SAD é de 40,9 ME, um valor quase duas vezes superior ao da época homóloga, com a entidade da destacar que “a situação patrimonial da Sporting SAD melhorou significativamente no exercício de 2024/2025”.

Os ‘leões’ apresentaram a rubrica “fundo de maneio”, correspondente ao ativo corrente menos o passivo corrente, que é negativo em 61,9 ME, mas assinalaram que o mesmo “regista uma evolução positiva, refletindo o compromisso de estender o prazo médio de dívida e reduzindo a pressão de tesouraria a curto prazo”. E acrescentaram que “o fundo de maneio não inclui o valor contabilístico de jogadores, que é registado em ativo não corrente”.

Sobre o volume de vendas atingido no último mercado de verão, houve um crescimento de 159% face ao período homólogo para 108,8 ME, tendo sido alcançado este resultado com a saída de apenas um jogador titular, o sueco Viktor Gyökeres, transferido para o Arsenal, “permitindo manter a estabilidade e a qualidade do plantel bicampeão”, salientou a Sporting SAD.

A ‘máquina’ nórdica foi transferida para o Arsenal por 65,8 ME, com o dinamarquês Conrad Harder a render 24 ME, Marcus Edwards 10 ME, Franco Israel 4,1 ME, Kovacevic 2,4 ME, Afonso Moreira 2 ME, e com 600 mil euros resultantes da alienação de outros ativos.

Na outra ‘face da moeda’ está o maior investimento de sempre dos ‘verdes e brancos’ no reforço do plantel, que ascendeu a 97,9 ME, executado “com objectivo de ser tricampeão”, sublinharam.

Nesta lista estão o colombiano Luis Suárez (22,2 ME), Ioannidis (22 ME), Vagiannidis (12 ME), Giorgi Kochorashvil (5,5 ME), Alisson (2,1 ME) e Ricardo Mangas (300 mil euros), além do investimento referente à compra de jogadores em janeiro 2025, alocado ao orçamento de 2025/26 (10,9 ME), do reforço dos direitos económicos (13,3 ME) e das variáveis relativas a aquisições anteriores (9,7 ME).