
O grupo liderado por Carlos Mota Santos reportou um volume de negócios de 2.745 milhões de euros (+0,5%) e uma carteira de encomendas de 14,7 mil milhões de euros (que não inclui contratos de 1,36 mil milhões de euros assinados depois de junho).
A Mota-Engil publicou os seus resultados referentes ao primeiro semestre e regista uma subida anual dos lucros de 20% para 50 milhões de euros. O EBITDA cresceu 13% para 448 milhões de euros com melhoria de margem para 16%.
O grupo liderado por Carlos Mota Santos reportou um volume de negócios de 2.745 milhões de euros (+0,5%) e uma carteira de encomendas de 14,7 mil milhões de euros (que não inclui contratos de 1,36 mil milhões de euros assinados depois de junho). Aqui destaca-se o primeiro troço de Alta Velocidade em Portugal (800 milhões de euros), com Angola, México e a Nigéria, a representarem 21%, 16% e 12% da Carteira de Encomendas de junho.
Horas antes de apresentar as contas da primeira metade do ano, a Mota-Engil anunciou a assinatura de mais três contratos em três mercados (México, Ruanda e Portugal) com um valor global de 560 milhões de euros.
A Mota-Engil fala num “desempenho operacional a níveis recorde”.
Destaque ainda para o Rácio da Dívida Líquida / EBITDA de 1,68x o que traduz uma melhoria face ao nível de 2x definido no Plano Estratégico.
O grupo está focado na rentabilidade (crescimento de 13% em EBITDA e 26% em EBIT) e geração de caixa (com um CFO ou Cash-Flow proveniente das operações de 536 milhões de euros, um crescimento de 22%). A Administração reafirma a concretização dos objetivos previamente ao delineado no seu Plano de Negócios, o que motivará a apresentação de um novo Plano Estratégico até final do 1.º trimestre de 2026, com novos objetivos e ambições até 2030.
“Com base na evolução da atividade do primeiro semestre, o Grupo reafirmou a convicção na concretização em termos globais do Guidance definido no início do ano para 2025, com foco na melhoria da margem líquida e geração de caixa”, lê-se no comunicado.
Analisando o desempenho no primeiro semestre por áreas de negócios, destaca-se o crescimento de faturação em África (+59%) e no Ambiente (+15%), com o EBITDA em África a registar um crescimento de 77%, impulsionado pela atividade nos seus mercados core e pela expansão do negócio de Engenharia Industrial (+87%), que coloca atualmente o Grupo Mota-Engil como líder nos serviços de Contract Mining no continente africano.
Já relativamente ao desempenho na Europa (-18%), a Mota-Engil diz que “há a considerar o efeito da Polónia em 2024 (alienada em setembro), o que sem esse efeito (registou 79 milhões de euros de faturação a junho de 2024), a região teria
registado um crescimento de 11% em base comparável, num mercado como o português penalizado pelos ciclos eleitorais pelo atraso no lançamento de concursos de projetos relevantes”.
No caso da América Latina, o Grupo registou uma descida da sua atividade “em linha com o expectável dada a conclusão de projetos relevantes, o que foi devidamente considerado no planeamento de 2025 com o início de novos contratos em África, o que, de forma global, reforçou a rentabilidade global do Grupo”.