O Benfica voltou a perder pontos em casa nos minutos finais, agora frente ao Rio Ave (1-1), na estreia de José Mourinho perante os adeptos no Estádio da Luz. O treinador, visivelmente insatisfeito, focou grande parte das suas declarações no momento do empate sofrido já nos descontos.
“O que fizemos, foi para ganhar. Fizemos o golo, mas depois não se pode sofrer um golo a ganhar por 1-0 a um par de minutos do final. Pode sofrer-se um golo naquele momento, mas tem de se sofrer um golo diferente”, explicou Mourinho, apontando falhas de posicionamento e maturidade coletiva: “Não se pode ser um golo em que o portador da bola recebe – não sei se o Enzo ou o Richard Rios, foi um dos dois – e estão seis jogadores à frente da linha da bola, a ganhar por 1-0. É pouca experiência global, pouco entendimento do jogo.”
O técnico reconheceu que a primeira parte ficou aquém das expectativas em termos de objetividade ofensiva: “Na primeira parte tivemos bola, mas sem nenhuma objetividade. Na segunda parte, com a mudança de estrutura e com os dois jogadores que entraram, a equipa começou a estar de outra maneira, começou a ter muito mais objetividade.”
Mourinho destacou ainda o desgaste físico da equipa, resultado da sequência de jogos sem pré-época adequada: “Eles jogaram há três dias. A forma como o trabalho deles foi gerido sem pré-época é difícil de identificar e de perceber as consequências. Agora, com esta acumulação de jogos, houve jogadores a quem faltou frescura.”
O treinador das águias deixou ainda críticas à arbitragem, referindo o papel dos árbitros na defesa da qualidade do jogo: “Os árbitros têm responsabilidade como nós na qualidade do jogo e têm de defender o futebol. Defender o futebol é lutar contra este tipo de estratégia. Também já a fiz, e se calhar algum dia vou voltar a fazer, mas os árbitros têm esse tipo de responsabilidade.”
