
Questionado sore a avaria dos Canadairs, o responsável afirmou que “não seria a diferença de dois meios aéreos que iria evitar o consumo de tantos hectares”.
Vincou que a situação se deve sobretudo à “dificuldade que o combate tem em fazer face às condições meteorológicas e o constante agravamento dos cenários destes teatros de operações”.
“Temos teatros de operações extremamente complexos. Muitas vezes existem incêndios onde não conseguimos pôr os meios aéreos a trabalhar porque não há condições de segurança”, explicou.
Mário Silvestre reiterou que da avaliação que foi feita inicialmente, não era necessário ativar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
Confrontado com as críticas das populações e autarcas, que dizem que os bombeiros não estão a combater no terreno e estão a “deixar arder” nas zonas de floresta e mato, o comandante da ANEPC argumentou que têm uma taxa de sucesso no ataque inicial superior a 90%.
“Uma das primeiras estratégias é conseguirmos combater os incêndios numa fase inicial”, disse, ressalvando, no entanto, que por vezes os meios não são suficientes. “O que acontece é que há recorrências de ocorrências muito grande”, disse.
Mário Silvestre garante que há uma avaliação contínua do dispositivo. “Ao longo dos anos temos introduzido constantemente melhorias contínuas, desde a estratégia de combate, à formação dos nossos operacionais e pelo próprio processo de despacho de meios e capacidade de comando e controlo”, declarou.