“Não somos campeões do mercado, somos campeões a sério”

O presidente do Sporting, Frederico Varandas, assegurou hoje que alcançou o objetivo de manter o grupo bicampeão português de futebol, à exceção da “lenda do clube” Viktor Gyökeres, conseguindo ainda melhorar a equipa.

“Nós tivemos um objetivo que era manter o grupo bicampeão. Da época 2023/24 para a época 2024/25 o Sporting perdeu um titular e o que aconteceu? Fomos bicampeões. Para esta época, o objetivo foi manter o grupo. Perdemos um jogador titular e fomos buscar cinco possíveis titulares e um jovem de 22 anos com muito potencial. Esta foi a nossa leitura de mercado. Estamos mais fortes do que há um ano”, afirmou.

Em Gondomar, antes da Supertaça de futsal, entre Sporting e Benfica, Varandas disse que, tendo em conta um portal na Internet dedicado ao mercado de transferências, “o plantel do Sporting é o mais valioso do campeonato, cerca de 80 ME mais do que o segundo classificado e mais de 100 para o terceiro classificado”.

“O Sporting tem um balneário bicampeão. Para entrar alguém tem de ser melhor do que os jogadores bicampeões”, garantiu.

Em tom de ironia, Varandas disse que, desde que chegou ao clube, os ‘leões’ nunca conseguiram “ser os campeões do mercado, nem em número de investimento, nem em número de jogadores, nem em número de jatos privados, nem em número de aviões, nem em contratações secretas”.

“Temos sido mais fortes a conquistar campeonatos”, afirmou Varandas, que lembrou que este mercado, o Sporting vendeu cerca de 100 ME e investiu 75 ME, fazendo pelo terceiro ano consecutivo o maior investimento da história do clube.

Varandas deixou ainda críticas veladas aos adversários, ao dizer que “não é por estar em ano de eleições” que vai mudar a forma de trabalhar e que “o Sporting também já ficou em terceiro e não fez ‘all in’” no mercado seguinte.

Jota Silva foi um dos alvos do Sporting neste mercado, depois de ter sido “um jogador identificado pelo treinador, que queria trazê-lo para dar mais profundidade ao plantel”, com Rui Borges e a estrutura a quererem contratar o internacional luso por empréstimo.

“O Jota esteve inegociável durante quase todo o mercado, pois era pedido um valor de 15 ME, que nós e o treinador dissemos que nem pensar. No penúltimo dia, o Nottingham recebeu uma proposta de 19 ME pelo Jota do Botafogo […]. Mas o Jota recusou essas propostas”, afirmou.

Já perto da meia-noite de segunda-feira, dia de fecho do mercado, o Nottingham Forest aceitou fazer um empréstimo, por 4,5 ME mais 2,5 ME de salários, com a documentação do clube inglês a chegar apenas às 23:45.

“É tecnicamente impossível receber a documentação, assinar os impressos, os contratos, digitalizar, pôr na plataforma em tão pouco tempo. Fez-se tudo o que se fez em 16 minutos, o que nunca pensei que fosse possível”, disse Varandas, elogiando o departamento jurídico do clube.

Jeremiah St. Juste é neste momento o quinto central da hierarquia e teve propostas para sair, mas não aceitou, com o presidente a garantir que “não há nenhum problema pessoal” com o neerlandês.

“Acreditamos muito neste treinador e neste sistema. Foi por causa deste sistema que fomos buscar este treinador. Neste sistema jogamos com dois centrais e temos cinco centrais. Na hierarquia técnica, o St. Juste é o quinto central e não faz sentido ter o salário que ele tem como quinto central. Foi informado o agente do St. Juste durante o mercado”, referiu.

A terminar, Varandas lembrou o sueco Viktor Gyökeres, que deixou o clube após ter sido o melhor marcados nas duas últimas temporadas, garantindo que guarda “grandes recordações” do avançado, apesar da ‘novela’ da sua mudança para o Arsenal.

“O Viktor será sempre uma lenda deste clube. Eu vou defender sempre as lendas deste clube. O Viktor é um dos melhores profissionais que tive aqui até acabar a época. É um dos melhores jogadores da história do Sporting”, assegurou.