Novas perspetivas de cessar-fogo na Ucrânia elevam Wall Street. Nasdaq bate recordes

Os três principais índices dos EUA terminaram a última sessão da semana com valorizações numa semana marcada por volatilidade. Entre tarifas, resultados empresariais e acordos comerciais, Wall Street conseguiu recuperar o sentimento otimisma à boleia de uma esperança renovada por um acordo de cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia. 

O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou esta quinta-feira que aceita reunir-se com o homólogo russo, Vladimir Putin, mesmo que este não se encontre com o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky. O encontro, que deverá acontecer na próxima semana,

Os mercados reagiram ainda à nova escolha do Presidente dos EUA, Donald Trump, para o conselho de governadores da Reserva Federal, após a demissão de Adriana Kugler. A escolha temporária de Stephen Miran, presidente do Conselho de Consultores Económicos da Casa Branca, surge num momento em que há uma grande preocupação com a desaceleração da economia norte-americana, sobretudo no mercado de trabalho, que consequentemente aumenta as apostas em cortes das taxas de juros pela Fed. A Casa Branca procura por um substituto permanente.

“De muitas formas, a escolha reforça o que já sabíamos: estamos agora a olhar para uma Fed muito mais política e muito menos independente”, disse Michael Brown, da Pepperstone, à Reuters. Os analistas consultados pela agência dizem ainda que Miran deverá assumir uma posição dovish e pressionar por grandes cortes das taxas de juro – e que isso efetivamente aconteça porque Trump lhe pediu. Ainda assim, há quem acredite que a independência do banco central permaneça intacta.

O S&P 500 ganhou 0,78% para 6.389,45 pontos, enquanto o Dow Jones avançou 0,47% para 44.175,61 pontos. O tecnológico Nasdaq Composite pulou 0,98% para 21.450,02 pontos, recordes de fecho, depois de ter chegado a um máximo histórico de 21.464, 53 pontos.

A temporada de resultados também deu um forte contributo para a subida dos índices. Bret Kenwell, da eToro, disse à Bloomberg que o impulso tem sido forte nas ações, e mais de 80% das empresas do “benchmark” superaram as expectativas de lucros neste trimestre. Alerta, no entanto, para um risco de descida no segundo semestre. 

Entre os principais movimentos de mercado, a Fannie Mae e a Freddie Mac dispararam 18% e 20%, respetivamente, depois de o Wall Street Journal ter revelado que que poderá angariar cerca de 30 mil milhões e que deverá realizar-se até final deste ano.

A Intel avançou 1% 

O Pinterest cedeu mais de 10%, já que não atingiu as estimativas dos analistas em relação aos lucros do segundo trimestre.

Destaque ainda para a Tesla: a fabricante automóvel dispensou a equipa Dojo, ligada à inteligência artificial, e o executivo à frente do projeto vai deixar a empresa. As ações ganharam 2,3%.