
Há um fenómeno curioso — quase patológico — que atinge com regularidade aqueles que ambicionam ocupar cargos públicos. Enquanto se mantêm fora da esfera governativa, são evangelistas da reforma do Estado: defendem a racionalização da máquina pública, a valorização do mérito, a eficiência nos serviços, a avaliação rigorosa de resultados. Falam com brilho, entusiasmo e uma convicção quase espiritual sobre o fim das gorduras do Estado na administração pública, na saúde, na educação…