Há sinais de aumento do endividamento dos particulares, afirma o CEO da Caixa Geral de Depósitos.
“Em termos de endividamento das empresas e dos particulares, tínhamos convergido para a média da União Europeia. Agora há sinais de aumento, mais nos particulares do que nas empresas”, disse Paulo Macedo num “Encontro Fora da Caixa”.
São efeitos contrários aos observados mais recentemente, afirmou: houve “um aumento em termos dos salários dos rendimentos disponíveis, por efeito do aumento dos salários acima da inflação, uma redução dos encargos para quem tem um empréstimo à casa e e depois alguma redução fiscal. Portanto, um aumento do rendimento disponível e algum aumento da capacidade de endividamento”, explicou.
O alerta surge num contexto em que as taxas de juro do Banco Central Europeu estabilizaram, depois de um período de descidas que se refletiu numa descida dos encargos com o crédito à habitação a taxa variável, o mais comum em Portugal.
