
“Temos de lançar um amplo processo de participação pública e de envolvimento das instituições locais e nacionais para procurarmos promover o investimento nas condições de vida de quem vive nos territórios com maiores assimetrias”, disse José Luís Carneiro, no concelho de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, que em 2017 foi fortemente afetado pelos incêndios.
O líder socialista, que falava aos jornalistas no final de um jantar com dezenas de apoiantes, no âmbito da rota pela Estrada Nacional (EN) 2 “Pela Coesão e Valorização do Território”, defendeu a fixação de investimento privado, “utilizando instrumentos e incentivos fiscais”, como por exemplo o Impostos sobre Rendimentos Coletivos (IRC).
O secretário-geral do PS propõe a utilização do IRC “como um instrumento ao serviço da coesão económica e social” e medidas que apoiem a criação de Parques de Localização Empresarial para a instalação de empresas.
Desta forma, José Luís Carneiro pretende encontrar um modelo de governação que “adeque as soluções do Governo àquilo que são os territórios e as suas necessidades específicas”.
“Temos de avançar com os contratos territoriais de desenvolvimento que se ajustem a cada território, mobilizem os recursos nacionais para combater as assimetrias e as desigualdades”, sublinhou.
Para o dirigente socialista, os políticos têm a obrigação de colocar este assunto na prioridade política do país.
“É um dever que temos e eu estou a cumprir essa minha missão de serviço público”, frisou José Luís Carneiro, que terminou em Pedrógão Grande o segundo dia da Rota EN2 “Pela Coesão e Valorização do Território”, que começou segunda-feira em Chaves, no quilómetro zero da EN2.
A estrada tem 738 quilómetros, liga Trás-os-Montes ao Algarve pelo interior do país e tornou-se numa rota turística que atrai muitos turistas nacionais e estrangeiros.