
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, admite reunir-se com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, mas impõe como condições de que seja feito o trabalho preparatório, disse o Kremlin esta segunda-feira, poucos dias antes do prazo dado pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, para que os dois países cheguem a um acordo de tréguas no conflito que se arrasta há mais de três anos.
“Quero recordar-vos que o Presidente não exclui essa reunião depois de o trabalho necessário estar concluído ao nível dos especialistas e a necessária distância entre as duas partes ter sido coberta”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos jornalistas. Contudo, salientou que esse trabalho preparatório “ainda não foi feito”.
Zelensky tinha já pedido um encontro com Putin. “Nós sabemos quem manda na Rússia e assim a Ucrânia está novamente a oferecer-se para ir além das conversações técnicas – não trocar comunicados, mas um encontro real ao nível dos líderes”, publicou no X a 1 de agosto.
Putin já tinha expressado a sua intenção de continuar as negociações de paz, assinalando que as tropas russas “estão a avançar em toda a linha da frente”.
Os comentários de Peskov surgem poucos dias antes de expirar o prazo dado por Donald Trump para que os dois países em conflito cheguem a um acordo de cessar fogo, sob pena de aplicar novas sanções sobre a Rússia.
O prazo dado por Trump era inicialmente de 50 dias, mas a 28 de julho, o Presidente dos EUA, durante uma visita oficial ao Reino Unido, encurtou-o para “10 a 12 dias”, por estar “desiludido com Putin”. No dia seguinte, Trump especificou que o prazo será de 10 dias, terminando na próxima quinta-feira.