O peso do pessimismo entre os Chief Financial Officers quase duplicou desde o outono do ano passado, de acordo com um estudo realizado pela Deloitte. Em simultâneo, continua a haver perto de um em cada quatro que estão otimistas.
Quase metade dos CFOs em Portugal estão mais pessimistas sobre as perspetivas financeiras, ao mesmo tempo que a digitalização das empresas continua a ser a principal prioridade, seguida agora pela necessidade de reduzir custos.
De acordo com as conclusões que resultam do CFO Survey da Deloitte, referente à primavera de 2025, o sentimento dos Chief Financial Officers caiu, não apenas em Portugal como a nível europeu.
Neste momento, são já 44% os que reconhecem abordar o mercado de forma mais cautelosa (quase o dobro dos 23% registados no outono de 2024). Ao mesmo tempo, outros 23% (estável face aos dados anteriores) mostram-se otimistas em Portugal. No contexto europeu, 33% estão pessimistas (27% anteriormente) e 23% mostram boas expetativas (descida de 5 pontos percentuais).
Por outro lado, os CFOs que trabalham em solo nacional mantêm-se mais confiantes do que os pares europeus quando o tema é o crescimento de receitas e evolução das margens operacionais. O saldo líquido em Portugal caiu de +52 para +42, ao passo que na Europa houve uma descida de +37 para +29.
A transformação digital continua a ser a prioridade estratégica número um para os próximos 12 meses, em Portugal, seguida pelas estratégias defensivas, que envolvem redução de custos. De resto, estas últimas ocupam a primeira posição no contexto europeu.
