“Tem o pleno apoio do Presidente da República, que tem sido a posição portuguesa, que é defender a moderação para que essa fórmula [de dois Estados, de Israel e da Palestina] seja possível, e afastar-se dos radicalismos que se opunham a que a fórmula fosse possível”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, em Nova Iorque, onde chegou este sábado participar na 80.ª sessão da Assembleia Geral da ONU.
O presidente da República diz que “acompanhou e concordou” com o processo de reconhecimento do Estado da Palestina.
“As razões pelas quais o Presidente ouvido pelo Governo se pronunciou no mesmo sentido do Governo são simples e fáceis de explicar: Portugal sempre defendeu o princípio da existência de dois Estados soberanos, coabitando, convivendo, respeitando o direito internacional e a carta das Nações Unidas”, justificou Marcelo.
“Atuar neste momento é atuar para abrir ainda uma hipótese no sentido de haver dois Estados”, acrescentou, afirmando que “Governo é o órgão competente para tomar formalmente a decisão, em permanente ligação com o presidente e tendo em conta as recomendações da Assembleia da República”.
O Governo oficializa este domingo, pela voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, o reconhecimento do Estado palestiniano – com a oposição do CDS.
A oficialização está prevista para as 20h15 de domingo (hora portuguesa), a partir de Nova Iorque, antes da Conferência de Alto Nível de segunda-feira, durante a qual outros nove países farão o mesmo.