O serviço Robô Táxi da Tesla continua nas bocas do mundo e não é pelas melhores razões. A concorrência não está convencida e inclusive critica o marketing da empresa com piadas sarcásticas.

“Se a ideia é recriar a experiência Uber, acertaram em cheio”
Recentemente, a Tesla lançou o serviço de transporte por aplicação Robô Táxi, em São Francisco, EUA. Um serviço que, apesar de o nome sugerir condução autónoma, não dispensa condutor humano. E esta estratégia de marketing tem dado que falar.
John Krafcik, ex-CEO da rival Waymo, quando questionado sobre este serviço Tesla, foi contundente nas suas críticas: se há um operador humano no carro, não estamos perante um robô táxi.
O líder do projeto de carros autónomos da Google entre os anos de 2015 e 2021 foi ainda mais longe e declarou que se a Tesla” quer recriar a experiência Uber em São Francisco, acertou em cheio”.
E John Krafcik sabe do que fala. Em 2017, quando estava aos comandos da Waymo, a empresa lançou o “programa de passageiros antecipados”; um serviço que usava veículos preparados para a condução autónoma, mas que tinham motoristas de segurança em todas as viagens.
De acordo com Krafcik, a Waymo teve o “cuidado de não chamar robô táxi a esse serviço” enquanto fosse necessária a presença de um operador humano.
Concorrência é autónoma e Tesla ainda não tem licenças
A Waymo faz já viagens com passageiros totalmente autónomas, em Phoenix, desde o final de 2020. Entretanto, conseguiu expandir esta operação para outras cidades dos EUA – São Francisco, Los Angeles e Austin.
Já a Tesla não pode fazer o mesmo por não ter solicitado ou recebido licenças para um serviço de condução autónoma, esclarece o site ArenaEV.
De acordo com a legislação norte-americana existem 6 níveis de condução autónoma, em que nível 5 é a condução totalmente autónoma e o zero é a ausência deste tipo de condução.
No estado da Califórnia, a Tesla ainda não conseguiu uma licença para testar os seus veículos no nível 3 ou superior.