Os serviços de streaming são cada vez mais a escolha para quem quer ouvir música. Deixámos de comprar CDs e outras formas de ter acesso e tudo circula agora da Internet. Com cada vez mais utilizadores, o Spotify é o rei neste campo. A empresa revelou agora novos resultados financeiros e fica claro o futuro. Voltou a crescer no número de subscritores, mas está a perder dinheiro.
Spotify não para de crescer nos subscritores
O Spotify divulgou o seu último relatório financeiro. Segundo o relatório, a empresa registou um aumento anual de mais de 10% na sua base de utilizadores pagos e gratuitos. Embora a empresa tenha registado lucros no mesmo trimestre do ano passado, voltou a registar prejuízo neste trimestre.
O número de subscritores do Spotify aumentou 12% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo os 276 milhões. O número de utilizadores ativos mensais também aumentou 11%, para 696 milhões. Este tem sido um comportamento que se tem repetido nos últimos anos e que é positivo para a empresa.
Uma justificação para este crescimento no número de subscritores é lógica e bem conhecida. Em concreto, e na parte do crescimento nas subscrições premium, a mudança foi atribuída às alterações na App Store. Esta passou a permitir à empresa incluir links de pagamento dentro da aplicação pela primeira vez.
Empresa volta a perder dinheiro no trimestre
A receita total do Spotify cresceu 10% em termos homólogos, para 4,2 mil milhões de euros. Já a margem de lucro bruto aumentou 227 pontos base anuais, para 31,5%. O lucro operacional da empresa, no entanto, foi de 406 milhões de euros.
O lucro operacional da empresa, de 406 milhões de euros, ficou aquém das expectativas devido aos “Custos Sociais”, aos elevados salários e às alterações na composição da receita. O item “Custos Sociais” superou as estimativas em 98 milhões de euros, devido ao aumento do preço das ações durante o trimestre.
Para o Spotify, com sede na Suécia, esta situação está diretamente ligada ao sistema fiscal do país. Na Suécia, os impostos sobre as empresas aumentam proporcionalmente ao preço das suas ações. A ideia é que, à medida que o valor para os acionistas aumenta, aumente também a contribuição da empresa para os gastos sociais no país.