
O chefe de Estado norte-americano “não se mostrou muito otimista nem excessivamente esperançoso de que esta reunião vá dar resultados. Disse que em dois minutos vai saber se [Vladimir] Putin tem como objetivo a paz”, disse Alexander Stubb, numa conferência de imprensa horas depois de participar numa reunião virtual com Trump, o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, e vários líderes europeus.
Stubb acrescentou que Donald Trump vai à reunião no Alasca para convencer o Presidente russo, Vladimir Putin, a aceitar um cessar-fogo, apesar de estar “um pouco cético” sobre se conseguirá, embora não tenha intenção de discutir com o líder russo a possível anexação de territórios ucranianos por Moscovo.
Se Trump não conseguir que Putin aceite um cessar-fogo, Stubb disse ser “muito provável que haja uma nova onda de sanções” de Washington, que podiam afetar diretamente a Rússia ou países terceiros que compram petróleo ou armamento russo.
Por outro lado, se for alcançado um acordo de cessar-fogo, o líder norte-americano está disposto a organizar imediatamente uma nova reunião, para a qual desta vez também seria convidado Zelensky, acrescentou.
O chefe de Estado da Finlândia salientou que Trump se comprometeu a realizar uma nova videoconferência com os mesmos participantes da reunião desta tarde, logo após o fim da cimeira com Putin, para explicar o resultado da mesma.
Além de Trump, Stubb e Zelensky, participaram na videoconferência os líderes de França, Itália, Reino Unido e Polónia, bem como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte.
Esta reunião virtual deixou clara a sintonia existente entre todos os participantes sobre vários princípios básicos para avançar rumo à paz, entre eles que a Ucrânia deve estar presente nas negociações, tem de decidir se aceita um possível acordo e precisa de garantias de segurança às quais a Rússia não pode se opor, de acordo com Stubb.