
“Tivemos a oportunidade, e aproveitámo-la, de discutir as origens e as causas desta crise [a guerra na Ucrânia]. É precisamente a eliminação das causas iniciais que deve ser a base da solução”, afirmou Putin, numa reunião no Kremlin.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que discutiu formas de terminar a guerra na Ucrânia “de forma justa”, na cimeira com o homólogo norte-americano, Donald Trump, na sexta-feira, defendendo a “eliminação das causas iniciais”.
“Tivemos a oportunidade, e aproveitámo-la, de discutir as origens e as causas desta crise [a guerra na Ucrânia]. É precisamente a eliminação das causas iniciais que deve ser a base da solução”, afirmou Putin, numa reunião no Kremlin.
No encontro, em que participaram responsáveis da administração presidencial, do Governo e da Duma (câmara baixa do parlamento), e representantes ministeriais, Putin realçou que a cimeira com Trump foi “oportuna” e “muito útil”, de acordo com os comentários publicados pelo Kremlin.
“A conversa foi muito franca, substancial e, na minha opinião, aproxima-nos das decisões necessárias”, explicou Putin.
Na sua avaliação inicial da reunião, o líder russo manifestou “respeito” pela “posição dos Estados Unidos da América, que vê a necessidade de um fim rápido para o conflito militar”.
“Bem, nós também gostaríamos disso e gostaríamos de avançar para a resolução de todos os problemas por meios pacíficos”, afirmou o Presidente, durante os primeiros minutos da reunião, conforme relata o gabinete de imprensa do Kremlin.
Na cimeira do Alasca, os dois dignitários abordaram quase todas as questões pendentes, embora se tenham concentrado sobretudo na guerra na Ucrânia, segundo Moscovo.
Putin regressou na manhã de hoje da cimeira no Alasca, onde foi recebido com uma passadeira vermelha.
As autoridades, os meios de comunicação social e especialistas russos reagiram com otimismo à cimeira entre Putin e Trump, que veem como um passo importante para a normalização das relações e uma vitória diplomática para a Rússia.
O encontro de sexta-feira terminou sem um acordo de cessar-fogo, como pretendia Trump, que hoje já veio defender a obtenção de um acordo de paz para terminar a guerra iniciada pela invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.