
As palavras são da porta-voz da Casa Branca e baixam as expetativas sobre a reunião, que está marcada para sexta-feira e vai ter lugar no Alasca.
A futura reunião entre o Presidente dos Estados Unidos e o homólogo russo, no Alasca, será como um “exercício de escuta” para Donald Trump, afirmou hoje a porta-voz da presidência norte-americana.
A declaração da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, está a ser interpretada como uma redução das expectativas sobre os resultados tangíveis da cimeira de sexta-feira, nomeadamente sobre um potencial acordo de paz para acabar com guerra na Ucrânia, em curso desde fevereiro de 2022.
“Este é um exercício de escuta para o Presidente [Trump]. Apenas uma das partes envolvidas [Putin] estará presente. Servirá para obter uma melhor compreensão de como podemos pôr fim a esta guerra”, disse Leavitt, numa conferência de imprensa na Casa Branca.
A porta-voz também expressou confiança de que, no futuro, possa ser realizada uma cimeira trilateral com a participação do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que não foi convidado para estar na reunião que vai decorrer no Alasca.
Nas mesmas declarações, a porta-voz também admitiu a hipótese de uma futura reunião entre Trump e Putin ser realizada na Rússia.
O encontro entre Trump e Putin, o primeiro desde o início da guerra na Ucrânia, será realizado na sexta-feira em Anchorage, no estado do Alasca, um território norte-americano que fez parte da Rússia até 1867.
Nas vésperas da reunião, o líder norte-americano vai manter conversas com Zelensky e os principais líderes europeus, que defendem que não é possível alcançar a paz sem ter em conta a opinião de Kiev e também da Europa.
Trump considera que um futuro acordo de paz deve contemplar concessões territoriais da Ucrânia para a Rússia, mas também que as forças do Kremlin se retirem de alguns dos territórios ucranianos ocupados.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.