
Alemanha suspeita que homem faça parte de grupo de seis pessoas que colocou explosivos nos gasodutos entre a Rússia e a Alemanha.
A justiça italiana vai manter preso um cidadão ucraniano suspeito de planear os ataques aos gasodutos Nord Stream no Mar Báltico em 2022.
A prisão foi pedida pela justiça alemã que investiga o caso e que suspeita que o homem de 49 anos (ex-soldado) faça parte do grupo que colocou os explosivos nos gasodutos ao largo da ilha dinamarquesa de Bornholm.
O grupo de seis pessoas terá alegadamente partido da cidade de Rostock no noroeste da Alemanha a bordo de um iate para realizar o ataque. Sobre o indivíduo pendem acusações de conspiração para causar uma explosão, sabotagem anti-constitucional e destruição de infraestruturas importantes.
O iate foi detetado perto do local das explosões, no porto sueco de Sandhamn e na marina polaca de Kolobrzeg antes de regressar à Alemanha. Os investigadores alemães investigaram o iate em janeiro de 2023 e detetaram vestígios dos mesmos explosivos encontrados pela Suécia no local das explosões.
A investigação acredita que mergulhadores experientes colocaram os explosivos nos gasodutos situados a 70-80 metros de profundidade.
O ataque nunca foi reivindicado e a investigação de vários jornais ocidentais apontam para o grupo pró-ucraniano como responsável.
Em setembro de 2022, o “Der Spiegel” noticiou que a CIA tinha avisado a Alemanha no verão de 2022 sobre a possiblidade de ataques nos gasodutos no Mar Báltico.
Em junho de 2023, o “Washington Post” noticiou que os EUA foram informados de um plano ucraniano para atacar os gasodutos, 3 meses antes dos ataques. Washington, através da CIA, terá informado Kiev que se opunha a tal ataque.
O Nordstream 1 e 2 eram dois gasodutos duplos que transportavam gás natural da Rússia para a Alemanha, com um comprimento de 1.200 kms e a uma profundidade média de 80-110 metros.
O Nordstream 1 estava em funcionamento desde 2012 e o Nordstream ficou concluído em setembro de 2021, mas nunca chegou a entrar em operação, com a Alemanha a cancelar o processo dias antes da invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
O cidadão passava férias em Itália com a sua família e foi preso ao abrigo de um mandato de captura europeu. A decisão do tribunal de segunda instância sobre a extradição para a Alemanha será tomada em setembro.
A prisão acontece num momento em que os EUA têm realizado esforços para terminar com a guerra na Ucrânia, com a Rússia a exigir que a Ucrânia ceda por completo a região do Donbas, renuncie às suas ambições para se juntar à NATO, permaneça neutra e mantenha as tropas ocidentais fora do país, revelou hoje a “Reuters”.