Numa altura em que os governos e utilizadores exigem que as empresas assumam a responsabilidade pela segurança e privacidade nas suas plataformas, o YouTube fez um anúncio: começará a “adivinhar” a idade dos utilizadores, com base num conjunto de indicadores.
Esta semana, o YouTube anunciou que vai lançar uma nova ferramenta de estimativa de idade, como parte de uma tentativa de impedir que utilizadores mais jovens acedam a conteúdo destinado a adultos, bem como de oferecer “experiências e proteções adequadas à idade”.
Segundo a informação, o sistema de estimativa de idade começará a ser usado num “pequeno grupo de utilizadores nos Estados Unidos”, nas próximas semanas, antes de ser alargado, ainda este ano.
A plataforma planeia estimar a idade dos utilizadores com a ajuda de machine learning, determinando a idade com base em diferentes dados, incluindo:
- Tipos de vídeo pesquisados;
- Categorias dos vídeos assistidos;
- Há quanto tempo a conta está ativa.
Mais proteções direcionadas para os utilizadores adolescentes
À semelhança de outras soluções que visam proteger os utilizadores mais novos, o YouTube procura identificar os adolescentes e direcioná-los para uma experiência mais adequada à sua idade.
Portanto, se um utilizador for considerado menor de 18 anos, o YouTube desativará a publicidade personalizada, ativará ferramentas de bem-estar digital, como lembretes para fazer uma pausa, e criará algumas barreiras de conteúdo para impedir que o adolescente tenha “visualizações repetitivas” de certos tipos de conteúdo.
Entretanto, os utilizadores terão a oportunidade de se identificar como maiores de 18 anos. Para isso, no entanto, terão de fornecer um cartão de crédito ou um documento de identificação oficial.
Caso o YouTube determine que os dados fornecidos comprovam que o utilizador tem mais de 18 anos, ser-lhe-á apresentada a experiência padrão da plataforma.
Embora esteja a começar pelos Estados Unidos, o YouTube planeia alargar a estimativa de idade a mais utilizadores. Afinal, têm crescido as exigências por plataformas mais seguras, que assegurem que os mais novos não têm acesso a conteúdos que podem ser prejudiciais para o seu desenvolvimento.
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